Home / Carol Didonet e o Som do Momento 𝄞

CAROL DIDONET E O SOM DO MOMENTO 𝄞

Marcio de Camillo compartilha sua visão do Pantanal na faixa "Rio das Ilusões": "É tão bonito, que parece uma ilusão"

Escrita ao lado de Rodrigo Sater, canção está presente no novo álbum "Totem", de Francis Rosa

Imagem ilustrativa da imagem Marcio de Camillo compartilha sua visão do Pantanal na faixa "Rio das Ilusões": "É tão bonito, que parece uma ilusão"

"Eu vejo a vida descer o rio / Eu vejo o rio descer / Eu vejo o rio trazer a vida / A vida é o rio a correr /Eu vejo a vida descer o rio", é trecho da música "Rio das Ilusões" - faixa destaque no novo álbum "Totem", de Francis Rosa. A música escrita na varanda à beira do Rio Negro por Márcio de Camillo e Rodrigo Sater, traz um mergulho profundo dos artistas que buscaram trazer a essência e a visão serena do Pantanal.

A canção, que por muito tempo permaneceu guardada, foi resgatada por Almir Sater durante um ensaio com Rodrigo Sater, que além de ser seu irmão, é também integrante de sua banda. A coluna O Som do Momento, do Diário da Manhã conversou com Márcio de Camillo que compartilhou que além de falar desta captura do Pantanal, a música também chama a atenção a seca que o mundo está passando.

"Eu criei essa canção com o Rodrigo Sater em um dos paraísos deste mundo que é o Pantanal. Só quem conhece o Pantanal sabe o que eu estou dizendo. Quando eu falo do "Rio de Ilusões" é que o Pantanal é tão bonito, que parece uma ilusão. Esse presente divino que é esse santuário, a maior planície alagada do planeta que a gente tem que preservar. E quando a gente fala do "rio de Ilusões", é que o Pantaneiro usa os rios como como estrada. E hoje, nesse exato momento, essa estrada está secando. Então é muito interessante o Francis Rosa estar gravando essa canção agora, que também chama atenção para esse momento que a gente está vivendo… que está aí na cara de todo mundo, que a gente tem que perceber o que a gente está fazendo com o planeta. E que se não cuidarmos do nosso ecossistema, realmente vai se tornar uma ilusão. Então, o "Rio de Ilusões" é a história de um pantaneiro que vive naquele ecossistema e que preserva aquele ecossistema", destacou ele.

Márcio de Camillo contou ainda que o Pantanal foi responsável por receber sua família no século 20, em 1990, em um barco a vapor, vivendo esse ambiente por toda sua vida. "Quando eu e Rodrigo Sater chegamos ali no rancho do Almir, irmão do Rodrigo Sater, aquele lugar inteiro nos inundou daquela paixão de, por um período muito curto de tempo, nos tornamos pantaneiros novamente e criamos essa canção, "Rio de Ilusões", que durante muito tempo ficou guardada, mas como se fosse uma mágica, ela ressurge para mostrar e para falar um pouco desse paraíso que é o Pantanal".

Essa colaboração é a segunda entre Márcio e Rodrigo Sater a ser gravada por Francis Rosa, após o sucesso de "As Folhas desse Chão". "O Francis Rosa é uma antena. Ele mesmo diz que quando escutou essa música, chamou a atenção dele logo de cara e ela tem uma construção harmônica muito interessante porque ela tem três acordes. É quase que um mantra, tem poucas variações, é uma harmonia muito simples. Eu acho que é isso que mostra o encantamento dessa canção e é interessante como pela segunda vez o Francis Rosa capta uma canção feita por mim e pelo Rodrigo Sater. Eu falo para o Francis Rosa que a gente agradece a ele, que sempre está gravando nossas canções. Gravou "As Folhas Desse Chão", no disco "O Poeta e o Violeiro", em parceria com Zé Geraldo, e ter uma canção gravada por outros artistas é uma coisa muito, muito prazerosa para um compositor. Ver a sua canção, seu pensamento, na voz de um outro artista… E quando esse artista é alguém especial como Francis Rosa, então o encantamento é maior ainda", finalizou Márcio de Camillo.

Leia também:

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias