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Brasil assume presidência do Brics e vai sediar cúpula no Rio de Janeiro

Novo bloco ampliado inclui nove países e deve reforçar a cooperação global e a autonomia econômica

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O Brasil iniciou 2025 assumindo a presidência rotativa do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O país ocupará o cargo até o final deste ano e se prepara para sediar a cúpula de chefes de Estado, marcada para julho, no Rio de Janeiro.

O Brics, que está em processo de expansão, inclui atualmente novos membros e parceiros desde 2024. Este ano, espera-se que, pelo menos, nove países se juntem ao bloco, entre eles Cuba, Bolívia, Indonésia, Bielorrússia, Cazaquistão, Malásia e Tailândia. A ampliação foi anunciada durante a 16ª cúpula, realizada em outubro de 2024, em Kazan, na Rússia, quando também foi criada a nova categoria de parceiros do Brics.

Com o lema "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança Mais Inclusiva e Sustentável", o governo brasileiro enfrentará desafios nesta presidência, entre eles, a articulação da participação dos novos membros e a continuidade do desenvolvimento de um sistema de pagamento com moedas locais, visando substituir o dólar no comércio entre os países do bloco. Outra questão central será o tema ambiental, com um foco nas mudanças climáticas, em diálogo com a COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, que ocorrerá em Belém, no Pará, em novembro de 2025.

Ameaça de sancionar países que abandonem o dólar

O Brics também enfrenta desafios externos, como as ameaças feitas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que prometeu sancionar países que abandonarem o uso do dólar em transações comerciais. A substituição do dólar em negociações bilaterais é uma das discussões centrais entre os membros do Brics, com países como a Rússia, China, Irã e Brasil já testando modelos de comércio com suas próprias moedas.

O debate gira em torno da criação de mecanismos internacionais para facilitar essas negociações, o que, segundo analistas, poderia conferir mais autonomia aos países que buscam alternativas ao dólar em suas transações.

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