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ABSURDO

Cidadãos foram monitorados pela ABIN durante o governo Bolsonaro

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) realizou monitoramento de cidadãos por meio de seus telefones celulares.

Durante os primeiros três anos do governo Bolsonaro, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) empregou um sistema de monitoramento secreto. Segundo relatos do jornal O Globo, a agência utilizava uma ferramenta que permitia o monitoramento de até 10 mil proprietários de celulares por ano, sem o consentimento dos cidadãos.

De acordo com os registros obtidos pelo jornal O Globo, a ferramenta "FirstMile" possibilitou à Abin a identificação da "localização aproximada da área" dos dispositivos que usam as redes 2G, 3G e 4G.

O programa em questão foi criado pela empresa israelense Cognyte (anteriormente conhecida como Verint) e permitiu o rastreamento do percurso de um indivíduo através de dados transmitidos pelo celular para torres de telecomunicações situadas em várias áreas.

Com base nas informações coletadas, o programa fornecia acesso ao histórico de deslocamentos e permitia a criação de "alertas em tempo real" para monitorar a movimentação de um alvo em diferentes locais.

Segundo a matéria, a Abin adquiriu o programa por R$ 5,7 milhões sem licitação no final de 2018, durante o governo Temer, e o utilizou durante o governo Bolsonaro até aproximadamente meados de 2021.

A Controladoria Geral da União (CGU) abrirá uma investigação sobre o uso da ferramenta de monitoramento de cidadãos durante o governo Bolsonaro. A investigação se concentrará na determinação da responsabilidade dos funcionários públicos em relação ao uso indevido do programa de monitoramento.

Randolfe Rodrigues, senador e líder do governo no Congresso Nacional, anunciou que tomará medidas para investigar o incidente.

Nas redes sociais, o parlamentar sugeriu uma investigação do caso pela Comissão de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), que é responsável pela supervisão das atividades da agência, e a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Randolfe Rodrigues defende investigação sobre monitoramento de cidadãos pelo governo Bolsonaro.

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