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A Polícia Científica do Piauí confirmou que o arroz consumido por uma família em Parnaíba, no litoral do estado, no dia 1º de janeiro, estava envenenado. Duas pessoas morreram, e outras três continuam internadas. A análise revelou a presença de terbufós, substância encontrada em pesticidas e chumbinho.
O mesmo arroz havia sido utilizado na ceia de fim de ano, sem causar sintomas, o que leva à suspeita de que o alimento tenha sido contaminado na madrugada seguinte. "Todo mundo dormindo. Tem capacidade de ter entrado alguém aqui e colocado esse veneno nas comidas", relatou Maria dos Aflitos, matriarca da família.
A Polícia Civil trata o caso como homicídio. Segundo o delegado Abimael Silva, "houve intenção de colocar essa substância na comida deles". As mortes naturais ou acidentais foram descartadas com o resultado da perícia.
Entre as vítimas estão Manoel Leandro da Silva, de 17 anos, que morreu ainda na ambulância, e Davi Pereira Silva, de um ano, que faleceu no dia seguinte, no Hospital Regional Dirceu Arcoverde. Os sobreviventes apresentaram sintomas típicos de envenenamento, como sudorese intensa e frequência cardíaca baixa.
Francisca Maria da Silva, mãe do bebê de um ano, já perdeu outros dois filhos por envenenamento em 2024, quando Ulisses Gabriel e João Miguel, de oito e sete anos, morreram após consumir cajus contaminados. A vizinha Lucélia Maria da Conceição Silva, 52, foi apontada como responsável na época e está presa por homicídio qualificado. No entanto, a polícia não confirmou qualquer relação entre os dois casos.
