![Imagem ilustrativa da imagem Temperaturas extremas: 2024 marca o ano mais quente da história do Brasil](https://cdn.dm.com.br/img/Artigo-Destaque/150000/1200x720/Artigo-Destaque_00152966_d0ce72c412b06cb0c60633ec19b12323-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dm.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F150000%2FArtigo-Destaque_00152966_d0ce72c412b06cb0c60633ec19b12323.png%3Fxid%3D716438%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1737063010&xid=716438)
O ano de 2024 superou todos os recordes de temperatura no Brasil, tornando-se o mais quente já registrado, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A média anual de 25,02°C foi a mais alta desde o início da série histórica em 1961. O desvio médio de temperatura em relação à média histórica foi de 0,79°C, considerando o período de 1991 a 2020.
Esses dados confirmam a tendência observada desde novembro de 2024, quando informações preliminares já indicavam que o ano superaria 2023 como o mais quente da história do país. A análise foi confirmada por reportagem da Folha de São Paulo, publicada na última segunda-feira (30).
Em comunicado, o Ministério da Agricultura e Pecuária, ao qual o Inmet é vinculado, afirmou que os dados mostram uma "tendência de aumento estatisticamente significativo das temperaturas ao longo dos anos", o que pode estar relacionado à mudança climática devido ao aquecimento global e alterações nos ambientes locais.
A anomalia, conceito utilizado para descrever variações positivas ou negativas em relação à linha de base das temperaturas médias, chegou a 0,79°C em 2024, superando o desvio de 0,69°C registrado em 2023. Segundo a meteorologista Andrea Ramos, a anomalia define o quanto as temperaturas se afastam das médias históricas, e é calculada com dados de pelo menos 30 anos de observações.
Embora o aumento das temperaturas já fosse esperado devido ao fenômeno El Niño e às mudanças climáticas, a situação foi agravada pela combinação de oceanos e continentes mais quentes. O fenômeno La Niña, que costuma causar um resfriamento das temperaturas, tem perdido força e já não representa uma possível mitigação para o aquecimento, conforme preveem as autoridades meteorológicas, como a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
Além disso, a OMM apontou que, globalmente, 2024 será o ano mais quente já registrado na história da humanidade. Segundo o observatório Copernicus, da União Europeia, o recorde será o maior em 125 mil anos, com base em análises de vestígios do ambiente pré-histórico.