Dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia mostram que o risco de um idoso morrer em função de quedas é seis vezes maior do que por doenças cardíacas e neurológicas. Após uma fratura no fêmur, por exemplo, a taxa de mortalidade é de 15% a 20% um ano após a queda. Em razão disso, os empresários Michelle Carvalho e Silva Lima Malafaya e Alan Estrela Malafaya fundaram, uma empresa de teleassistência que desenvolve produtos e soluções para melhorar a qualidade de vida dos idosos, garantindo segurança e independência pessoal ao mesmo tempo em que tranquiliza os familiares e amigos.
Os empresários fizeram por mais de dois anos, árdua pesquisa no mercado até iniciar a empresa. Por esse período foram testados diversos equipamentos e tecnologias de toda parte do mundo. “Avançamos nas negociações com uma empresa líder mundial na fabricação de equipamentos de segurança, teleassistência e alarmes médicos. Homologamos os produtos no Brasil e hoje somos a única empresa autorizada a realizar importações e comercializar os produtos”, afirma o diretor comercial da Divisão Internacional e Corporativa, Alan Malafaya.
Apesar de ser uma empresa genuinamente goiana, ela atua em todo o território nacional e já inicia negociações para toda América Latina. A empresa possui três opções de aparelhos hoje comercializados. Todos eles têm como função principal o acionamento do botão de emergência que envia o alerta para a Central de Atendimento, comunicando os familiares cadastrados sempre que houver uma situação de emergência.
“Temos produtos para serem utilizados dentro e fora de casa, dependendo do perfil do usuário. Os equipamentos possuem um sistema de viva voz que permite o usuário conversar com a Central de Atendimento assim que é acionado o botão. Se for uma pessoa que fica a maior parte do tempo em casa, o mais indicado seria o console com o botão de emergência, com opção do botão que possui sensor de quedas. Se é uma pessoa ativa que frequentemente sai de casa, o mais indicado seria o G100, pois funciona com cobertura da rede de telefonia celular GSM e também possui localização por GPS”, explica a diretora comercial da Divisão de Varejo, Michelle Carvalho e Silva Lima Malafaya.
No momento da contratação dos serviços é preenchido um Plano de Ação no qual estão reunidas todas as informações e medidas necessárias a serem tomadas no momento em que o usuário aciona o botão de emergência. Neste documento é informado quais as pessoas são autorizadas a receber as informações da Central de Atendimento.
“Infelizmente, não podemos acionar o Samu para prestar socorro porque eles não se deslocam se não houver alguém no local devido ao protocolo de triagem estabelecido pelo Ministério da Saúde. Nosso procedimento visa então avisar as pessoas indicadas no plano de ação, mas se o contratante possuir um serviço de ambulância pelo plano de saúde, por exemplo, podemos acionar o serviço”, afirma Alan.
Acidentes
O Brasil está envelhecendo, mas ainda sem qualidade de vida e segurança. A expectativa de vida aumentou, mas essas pessoas querem viver sozinhas de forma independente e com autonomia. Porém, sabemos que a capacidade cognitiva vai diminuindo e essa é a grande preocupação dos familiares, pois quando um idoso sofre uma queda e fica acamado, aumenta a propensão de outras doenças como pneumonia, trombose, depressão, etc.
Outra consequência dessa chamada síndrome da imobilidade é a perda da massa muscular, que pode chegar a 5% diariamente, deixando-o mais debilitado e proporcionando o aparecimento de feridas. Muitas vezes, um idoso cai e desmaia ou não consegue se levantar para chegar até um telefone e pedir socorro. E nesses casos, o tempo de resgate é de extrema importância para o paciente, que normalmente poderia ficar horas sem auxílio ou socorro, agravando sua situação.