A temporada do Concertos na Cidade 2015 começa hoje, com o grupo Madrigal Vocale, no Auditório do Sesc Cidadania, a partir das 20h30. O grupo propõe cultivar a música camerística de todas as épocas, da Idade Média à música contemporânea. Com direção artística de Gyovana Carneiro e coordenação geral de Ana Flávia Frazão, o concerto tem entrada franca e classificação etária de oito anos.
Música Camerística
É um tipo de música erudita composta para um pequeno grupo de instrumentos ou vozes que tradicionalmente podiam acomodar-se nas câmaras de um palácio. Atualmente a expressão é usada para qualquer música executada por um pequeno número de músicos. A palavra câmara indica que a música pode ser executada em salas pequenas, geralmente com uma atmosfera mais íntima.
Nesta categoria geralmente não está incluída a música para instrumento solo, entretanto, é comum incluir obras para piano solo, dependendo da ambientação. Sua composição é destinada a um pequeno número de instrumentos ou vozes – geralmente, até o máximo de dez. Entre os seus gêneros mais importantes estão o quarteto de cordas, quinteto de sopros e o trio com piano, dentre outras diversas combinações de instrumentos. Pode haver também a execução em "solo", "trio" ou "duo". Nestes casos, geralmente se prescinde da regência por um maestro.
Madrigal Vocale
O Madrigal Vocale foi fundado em 1982, com base no Coro da Sociedade Pró-Música de Curitiba, que já existia desde os anos 60, sob a liderança de José Penalva. O grupo propõe-se a cultivar a música camerística de todas as épocas, da Idade Média à música contemporânea.
Em seu repertório, incluem-se primeiras audições locais de grandes obras do repertório internacional e primeiras audições de compositores paranaenses. A base do seu trabalho é o canto a capella, embora apresente-se também junto a instrumentistas, outros grupos vocais e orquestras em diversas capitais e centros culturais do País.
Entre os concertos que marcaram a história do grupo estão: a apresentação em 1987 da Missa Papae Marcelli de Palestrina, no Mosteiro de São Bento em São Paulo; a parceria com a Orquestra de Câmara de Blumenau, que proporcionou a execução do Messiah de Haendel em 1988 e da Missa da Coroação de Mozart em 1991 e, com a Orquestra de Câmara de Curitiba, sob a regência de Lutero Rodrigues o Réquiem de Mozart em 1991 e a estreia mundial do oratório Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, de José Penalva em 1993. O Madrigal Vocale funcionou para José Penalva como um laboratório de estreia de suas composições. Entre essas estão composições originais como Ágape II, Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, Lua Cheia e Drummondianas II e III.
Também estão arranjos para coro a capella de peças de compositores clássicos, Deus Meus de Penderecki, Le Regard de Dieu de Scriabin, Surrexit Dominus de Pe. José Maurício, assim como arranjos de canções do repertório popular brasileiro como Pralapracá, Gente Humilde, Para Modinha, Casinha Pequenina, Luciana, Suíte Mania das Pessoas, Carinhoso e Mini Suíte Arlequim. O registro fonográfico do grupo inclui três gravações. Motetes e Madrigais (1999), uma amostra da versatilidade do grupo, conduzido pessoalmente por José Penalva; Madrigal Vocale canta José Penalva (2003), divulgação da música de seu fundador e Madrigal Vocale canta Luís Iruarrizaga (2006), execução de obras do compositor basco, importante influência na carreira de Penalva.
Temporada 2015 do Concertos na Cidade – Madrigal Vocale
Local: Auditório do Sesc Cidadania. Avenida C-197, Qd 428 Lt 1/21, Jardim América.
Quando: Hoje, às 20h30
Informações: (62) 3250-8000
Entrada Franca