O fotógrafo Ruber Couto registrou seu olhar sobre os jardins do jornal Diário da Manhã, que em sua totalidade é uma obra de arte conceitual
Na sétima edição da coluna Lente Aberta, você conhecerá um pouco do espaço que se tornou uma lenda no imaginário de leitores e jornalistas por toda parte do Brasil.
O fotógrafo Ruber Couto tem 35 anos e nasceu na cidade de Itaberaí. Ele trabalha há cerca de 13 anos como fotógrafo em eventos culturais, moda, books e faz dois anos que colabora com fotojornalismo no Diário da Manhã. Não só Couto, mas praticamente qualquer pessoa que um dia visitar a sede do jornal, certamente vai se impressionar com a imponência e a beleza do jardim na entrada do prédio.
Ruber, que trabalha há dois anos no DM, sempre contemplou visualmente as diversas obras de arte, compostas por esculturas de tamanhos diversos, arquitetura de jardinagem e os diferentes espaços de relaxamento e convivência. A maioria das esculturas, feitas com concreto armado e fibra de vidro, contam várias histórias, umas antigas e outras modernas e atuais.
Como se fosse o conteúdo de um próprio diário, página por página, os olhos do visitante mais atento consegue captar o deslumbre escondido em cada ângulo reto e curvas das árvores do cerrado que lotam o espaço do jardim. Ao som da cachoeira no centro do espaço, podemos sentar, relaxar e viajar para encontros cósmicos com Santos Dumont ou mesmo com o próprio Buda.
As obras que remetem ao universo caipira são quase na totalidade de um dos mais renomados e criativos artistas plásticos goianos, Omar Souto. O pintor e escultor chegou a dizer que, além dos painéis da via sacra no caminho entre Goiânia e Trindade, o jardim do Diário da Manhã seria o feito do qual ele mais se orgulha.
Realmente, apenas tendo a oportunidade de passear pelas trilhas ou sentar-se nos bancos estilizados, o caro leitor poderá sentir a sensação de paz e tranquilidade que foi cuidadosamente pensada pelas mãos de Souto. A temática religiosa está presente por todo canto. Podemos ver poesia impressa e grafada na pedra dos muros, nos banheiros, que na verdade são duas imensas esculturas brancas, que puxam o olhar como ímãs de todos os que passam na região da praça da bíblia.
CONFIRA A SÉRIE DO FOTÓGRAFO RUBER COUTO E UM TEXTO DO PRÓPRIO AUTOR
“Há quase dois anos, quando comecei a trabalhar no jornal, fiquei muito impressionado com esse jardim, junto às obras do artista plástico Omar Souto. Com o passar do tempo e o cotidiano do entra e sai, a correria que um jornal diário nos impõe, esse jardim foi se tornando comum, por isso a ideia de resgatar essa grande obra através da fotografia, registrando detalhes e com uma visão bem particular.
Uma frase que sempre escutava na televisão quando criança: ‘A diferença entre uma coisa e a mesma coisa e a maneira como cada um olha pra ela’ - autor desconhecido. Ela resume um pouco do meu trabalho.”