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Goiás perde político e intelectual Eurico Barbosa

Jornalista e advogado tem extensa lista de publicações. Foi presidente da Alego e TCE, além de articulista do DM

Eurico Barbosa em sua última visita à sede do Diário da Manhã Eurico Barbosa em sua última visita à sede do Diário da Manhã

Um dos luminares da cultura e política goiana, Eurico Barbosa morreu na madrugada de sexta-feira, 14. Ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), natural de Morrinhos (GO), Eurico foi um dos mais celebrados articulistas do Diário da Manhã.

A família ainda não divulgou detalhes do sepultamento. Amigos divulgam que o velório de Eurico ocorrerá, hoje, das 12h às 15h, no Parque Memorial, rodovia de Bela Vista.

O ex-deputado morreu na UTI do Hospital Anis Rassi. Conforme a Alego, a instituição decretou luto oficial por três dias.

Eurico estava ativo aos 91 anos, com publicações literárias e produção de opiniões para o DM - apesar dele ter reduzido o número de envio de crônicas nos últimos meses. No DM, se posicionava em diversas frentes, sempre ao lado da democracia - fazia declarações aos times de coração, Atlético Goianiense e Flamengo. Era um dos amigos mais íntimos do jornalista Batista Custódio, fundador do DM e um de seus confidentes sobre percalços e glórias da vida política e da imprensa brasileira.

Pouco após a morte de Eurico, a Associação Goiana de Imprensa (AGI) emitiu nota conjunta de pesar por Eurico. "A Associação Goiana de Imprensa (AGI), o Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG) e o Instituto Cultural Bernardo Élis Para os Povos do Cerrado (Icebe) se entristecem com o falecimento de seu sócio Eurico Barbosa dos Santos, ocorrido hoje, 14/06, nesta capital".

Advogado, jornalista e escritor, Eurico se notabilizou com comentários e estudos sobre literatura, jornalismo e direito. Na carreira pública, desempenhou os cargos de promotor de Justiça, vereador, deputado estadual (quatro mandatos), secretário de Estado e presidente do Tribunal de Contas do Estado de Goiás.

Conforme o amigo Valterli Guedes, presidente da AGI, a carreira pública de Eurico sofreu um hiato após a ditadura instituir, em 1968, o AI-5. Depois, ele voltou com tudo e ainda mais destemido contra as arbitrariedades.

"Era membro e ocupou a presidência da AGI e da Academia Goiana de Letras. Arauto da democracia, com seus artigos e livros, recebeu em 2022 o Troféu Cariama, do Icebe, dentre dezenas de outras láureas ao longo de sua prolífica trajetória cultural".

Presidente do Clube dos Repórteres Políticos (CRPGO), Ulisses Aesse relatou encontros que teve com Eurico nos últimos anos. "Sempre cordial, educado e muito dedicado à leitura e escrita. Quando penso em Eurico vem imediatamente como imagem ao seu lado, extensão do corpo, um livro", diz.

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