O jornalista e editor-geral do Diário da Manhã, Batista Custódio, foi homenageado, na tarde de ontem, pelo aniversário dos seus 80 anos de idade. A comemoração foi liderada pela Associação Goiana de Imprensa (AGI) e ocorreu na sede do jornal. A recordação faz parte do reconhecimento do homem que semeou a voz da inteligência e da liberdade de imprensa por todo o País através dos veículos: Cinco de Março e DM.
Estiveram presentes, durante o evento, importantes amigos, familiares, políticos, líderes comunitários, artistas plásticos, cantores, policiais militares, jornalistas, pessoas do segmento do Direito, colaboradores, dentre outros. Durante um breve discurso, o conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Eurico Barbosa disse que Batista é um homem essencialmente jornalista. “Faz parte da nossa história e da imprensa brasileira.”
Conforme o presidente da AGI, Valterli Guedes, a homenagem também é o reconhecimento dos 56 anos de trabalho, de sacrifícios e de vitórias dos jornais Cinco de Março e Diário da Manhã. Ele salientou ainda a árdua missão de Batista à frente de um jornal, que, atualmente, é um dos mais modernos do Brasil. “Tenho o privilégio de trazer uma palavra de incentivo ao jornalista Batista Custódio, ex-presidente da AGI. Abrir suas páginas, para todos os segmentos manifestarem suas opiniões, representa um avanço muito grande”, reconhece Guedes.
SUOR ENVELHECIDO
Em um artigo escrito pelo jornalista e editor do jornal goiano Opção, Euler de França Belém disse que Batista Custódio é daqueles jornalistas “que podem ser elogiados e criticados, mas não ignorados”. Belém lembrou ainda o antigo Cinco de Março, “com suas denúncias contundentes e sensacionalistas, balançava a sociedade.” O texto assinado pelo jornalista é referente à edição 2023, do ano passado, que conclui: “Pode-se dizer que Batista é um desbravador, uma espécie de bandeirante do jornalismo goiano.”
E é sem dúvidas de que Batista Custódio é a mais relevante figura viva da imprensa goiana de seu tempo. Arduamente, ele conseguiu fazer um jornal único, personalíssimo, espelho de sua mente aberta e revolucionária. O Diário da Manhã não se fecha em preconceitos ideológicos ou dogmas estéreis. E isso é desde o Cinco de Março. A vida de Batista é feita de tinta, papel, notícias, horizontes e sonhos.
Batista Custódio ao ser homenageado, como uma figura ímpar do jornalismo goiano, percebe-se nos olhares e abraços de seus admiradores a gratidão e carinho por tudo que fez em seus 80 anos de vida e 56 anos de luta pela liberdade, por meio de seus jornais.
Também passaram pela sede do periódico: o presidente da Câmara Municipal, Anselmo Pereira, o embaixador de Taiwan no Brasil, Isaac Tsai, o jornalista Pinheiro Salles, o articulista Antônio Alencar Filho. Em discurso, o músico e compositor Itamar Correia frisou a importância do veículo para a cultura em Goiás. “O DM abriu as portas para a cultura no Estado. Levou o nome de Goiás para todos os cantos do Brasil.”
Ainda cumprimentaram Batista, na sede do jornal, dentre muitos presentes, a cantora lírica goiana Vieira da Anunciação, o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Antônio Almeida e o diretor do Senai, Paulo Vargas. O ex-deputado e procurador do Estado aposentado Olinto Meirelles anunciou, no evento, a doação de cinco casais de pavões para o jornalista Batista Custódio.
Ao final da comemoração, Batista, que diz ficar constrangido com homenagens, apenas disse: “História não se fala. História se faz. Sempre ouvi minha consciência e mais ninguém. O poder nunca gostou de mim e nunca vai gostar”, concluiu.
"História não se fala. História se faz. Sempre ouvi minha consciência e mais ninguém.O poder nunca gostou de mim e nunca vai gostar"