JERUSALÉM - O Parlamento israelense aprovou nesta quarta-feira em primeira leitura uma proposta de tornar compulsórias as aulas de árabe para alunos a partir dos 6 anos. Apresentada por um deputado liga ao premier Benjamin Netanyahu, a medida é vista como uma medida para aproximar Israel e palestinos.
A primeira leitura teve voto unânime, com presença de cerca da metade do Knesset. Ele será estudado em comitê para a segunda leitura.
Oren Hazan, autor da lei e representante do Likud, partido de Netanyahu, ressaltou a ideia de comprometimento com entender o próximo.
— A língua é uma port apara a cultura.Estou vendo a realidade com meus olhos, e entendo que não há como chegarmos à paz sem entendermos um ao outro — avaliou ele. — Uma intifada tem crescido em Israel. Quando as pessoas estão no ponto de ônibus, ficam com medo de quem fala árabe. Apenas porque não entendem.
Há alguns poréns, ele admitiu. Uma das questões centrais é o fato de como reagiriam as escolas ultraortodoxas. Para isso, a proposta está sendo aprofundada antes do voto decisivo.
Hebraico e árabe são as duas línguas oficiais de Israel. Mas enquanto o hebraico é amplamente falado pelos árabes israelenses, a recíproca não é comum no país.