Dois dos repórteres do Diário da Manhã foram enviados para cobrir a manifestação contra o aumento das passagens de ônibus, realizada nesta quarta-feira (17).
Esta repórter e o colega de redação, Don Raphael Vitorino, acompanharam o movimento desde seu início, na Praça Universitária, até seu término, durante o conflito entre os manifestantes e a Polícia Militar, próximo ao Edifício Alencastro Veiga.
Esta repórter foi abordada por um PM desfardado que a confundiu com uma manifestante. Sem dizer uma palavra, o PM tocou seu ombro e acenou com a cabeça, mandando-a sair. Ao não responder o "pedido" do agente, ele a empurrou e lhe deu um tapa no ombro.
O fotojornalista que a acompanhava na reportagem parou o PM antes que este chutasse o estômago desta repórter. Este mesmo policial foi fotografado enquanto levantava e quebrava a bicicleta de um dos estudantes presentes na manifestação
Já o repórter Don Raphael foi agredido de maneira muito mais brusca. Enquanto conversava com um dos agentes da polícia, também desfardado, o repórter recebeu um aviso de que se não fosse embora, iria preso por desacato a autoridade. Ao se virar, o repórter foi atingido nas costas por uma bala de borracha e teve um cabo de rodo quebrado em suas pernas. Ele alega ter visto uma das partes do cabo de madeira sob seus pés enquanto um policial empunhava a outra.
Segundo informações de testemunhas, além dos repórteres, mais um jovem foi agredido pela PM enquanto voltava de seu trabalho.