Fundado em 1937, o tradicional Colégio Pedro II anunciou, nesta segunda-feira (19/9), que aboliu o uniforme escolar com distinção de gênero. A medida pretende atender às diretrizes do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais.
De acordo com o reitor da escola federal, Oscar Halac, a medida não determina o que é uniforme masculino e feminino, mas deixa a critério da identidade de gênero do(a) estudante escolher qual uniforme quiser.
"Procuramos de alguma maneira contribuir para que não haja sofrimento desnecessário entre aqueles que se colocam com uma identidade de gênero diferente daquela que a sociedade determina", defendeu o Halac.
A medida atende também às demandas dos alunos e alunas do Colégio. Nos últimos dois anos, representantes do corpo discente tem pleiteado pela abolição da distinção de gênero no uniforme na reformulação do Código de Ética Discente.
Halac ressalta também a respeito da tradição da escola. "Creio que a escola não deve estar desvinculada de seu tempo e momento histórico. A tradição não importa em anacronia, mas pode e deve significar nossa capacidade de evoluir e de inovar", argumenta.