Foto:Reprodução/Polícia Civil
O juiz Leonardo Santos Bordine decidiu manter a prisão do jovem Misael Pereira Olair, de 19 anos, que confessou ter matado “por ódio”, a estudante Raphaella Noviski, de 16, dentro da escola em que ela estudava no município de Alexânia.
A determinação ocorreu durante audiência de custódia no Fórum da cidade, no início da tarde desta terça-feira, 7 e foi a mesma aplicada ao comerciante Davi José de Souza, de 49 anos, apontado pela Polícia Civil, como comparsa do atirador. Além disso, o homem teria ajudado na fuga do rapaz.
Na sessão, o magistrado converteu a prisão em flagrante em preventiva e foi de encontro com o posicionamento do Ministério Público, que se manifestou a favor da manutenção da prisão por defender que as investigações ainda estão em sua fase inicial.
O advogado dos dois presos, Joel Pires ainda não se manifestou sobre o caso e não quis dar entrevistas ao final da audiência de hoje.
Assassinato
O crime que tirou a vida da adolescente aconteceu na manhã de segunda-feira, 6, no Colégio Estadual 13 de Maio. De acordo com a Polícia Civil, o atirador é ex-aluno da unidade de ensino e ele atirou por 11 vezes contra a vítima. Todos os tiros atingiram a cabeça da garota.
Imagens de câmeras de segurança da instituição registraram o momento em que o jovem entra na sala da vítima e após 30 segundos saí correndo do local. Na ocasião, ele usava uma máscara, roupas escuras e uma mochila nas costas.
No vídeo, é possível ver o pânico dos alunos que saíram correndo após os disparos.
Em depoimento, Misael afirmou que matou Raphaella por sentir ódio dela e que não se arrepende o ato. Ele alega que conheceu a jovem há muito tempo e que teria sido rejeitado por ela após tentar um relacionamento amoroso.
Em entrevista ao G1, a delegada Rafaela Azzi explicou que o rapaz planejou o crime por cerca de um ano, quando resolveu comprar o revólver calibre 32 de uma pessoa, a qual não revelou a identidade, para cometer o assassinato.
Misael deve ser indiciado pelo crime de feminicídio.