Foto:Reprodução/Jorge William - O Globo
Após criar polêmica por comparar sua condição de trabalho à escravidão no início do mês, a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois (PSDB) voltou ao assunto e afirmou nesta segunda-feira, 13, que é “preta, pobre e da periferia”.
Conforme publicado pela Agência Estado, a declaração foi feita durante discurso, ao lado do presidente Michel Temer, no evento de lançamento do Programa Emergencial de Ações Sociais para o Estado do Rio de Janeiro e Municípios, numa unidade da Marinha do Brasil, na Avenida Brasil, na zona norte do Rio.
A assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento Social informou que o programa terá investimento total de R$ 157 milhões no Rio de Janeiro, com ações nas áreas de justiça, educação, esporte e direitos humanos.
Durante o discurso, Luislinda destaca que o governo irá aumentar os números de beneficiários de programas sociais para o Rio, bem como todo o país.
"Vamos aumentar esses números para o Rio de Janeiro e para o Brasil todo também. Sou preta, pobre e da periferia e sei o que é viver longe dos grandes centros", afirmou a ministra, completando que o programa emergencial é baseado em "compromissos reais".
Polêmica
A polêmica em torno do salário de Luislinda veio à tona após a Coluna do Estadão revelar insatisfações da ministra com o valor de seu contracheque.
Na ocasião, ela protocolou pedido ao governo no qual alegava fazer trabalho escravo por não receber R$ 61 mil, que seria a soma de sua remuneração como ministra com a aposentadoria como desembargadora.
No documento, ela afirmou que “sem sombra de dúvidas” essa situação se assemelha ao trabalho escravo.
Se o pedido fosse acatado, Luislinda receberia além do teto constitucional, que é de R$ 33,7 mil, o que violaria a legislação.
Com informações da Agência Estado.