O homem suspeito de matar o aposentado Antônio Vanderlei de Faria após ele ter saído para cobrar uma dívida de R$ 70 mil, teria planejado o crime e empurrado o corpo do idoso em um barranco de 15 metros de altura, de acordo com as informações da Polícia Civil.
Valdivino Augusto Pereira de 63 anos, disse em depoimento que a arma que ele utilizou era da vítima e que o disparo foi acidental, durante uma briga entre os dois. Em 12 julho, Antônio de 65 anos, saiu de casa e ficou oito dias desaprecido. Câmeras de segurança do prédio que ele morava flagrou o momento em que ele saiu do prédio.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Thiago Martimiano, o homem suspeito de ter praticado o crime disse em depoimento que durante encontro com aposentado informou que pagaria uma parte da dívida em dinheiro e outra depois que vendesse uma fazenda. Entretanto a polícia acredita que isso seria usado como "isca" para cometer o crime posteriormente.
Martimiano explica ainda que a situação financeira do suspeito era péssima e que o dinheiro usado por ele no dia do encontro era emprestado, ou seja, ele já tinha desde o início a intenção de cometer o crime, tanto que ele levou a arma de fogo. O delegado apontou ainda que a versão de que a arma de fogo estava com Antônio era falsa, pois vai contra ao que a perícia constatou.
O suspeito se entregou na quarta-feira (3). De acordo com o delegado, Valdivino disse que pagou R$ 58 mil em dinheiro à vítima e eles foram ver uma das fazendas que ele tinha e que estava a venda, em Caiapônia. Ainda segundo o suspeito, foi durante o trajeto até a fazenda que o desentendimento aconteceu e que o tiro acidental foi disparado.
A polícia disse ainda que o suspeito informou que havia deixado a vítima, a arma a arma e a bolsa com o dinheiro em uma estrada, local diferente de onde o corpo foi encontrado. Entretanto o delegado não acredita nesta versão.
As investigações apontaram que o aposentado foi morto com um tiro nas costas e que não há vestígios de briga. Segundo o perito criminal, Luiz Henrique Pereira, a perícia apontou que após o disparo a vítima caiu no chão e depois teria sido lançado no penhasco de uma altura de 15 metros.