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O Cinema dos Trapalhões

O radialista e pesquisador cultural Rafael Spaca reuniu em um livro, 132 entrevistas realizadas com pessoas que trabalharam com Os Trapalhões, incluindo Renato Aragão (Didi Mocó), Dedé Santana, Alcione Mazzeo, Bruna Lombardi, Ronnie Von, Afonso Nigro, Alex Gill, Andreia Faria, Carlos Koppa e muitos outros, entre atores, cantores, diretores e equipe técnica (som, fotografia, figurino, dublês, assistentes), fãs, jornalistas e críticos do cinema. O livro O Cinema dos Trapalhões - Por Quem Fez e Por Quem Viu, da Editora Laços, será lançado primeiramente em São Paulo (18/04) e Rio de Janeiro (25/04). Este trabalho que durou cerca de quatro anos entre pesquisas históricas e depoimentos pessoais, visa remontar a trajetória de um dos maiores fenômenos do cinema nacional. Os filmes do quarteto chegaram a ser responsáveis por 6 das 10 maiores bilheterias do País. O livro também traz dois álbuns de fotografias raras com cenas dos bastidores dos filmes, cedidas pelos próprios entrevistados. O autor Rafael Spaca falou ao DM Revista.

DM Revista: Como surgiu a ideia de organizar um livro sobre Os Trapalhões? Você era um fã?

R.S.: A ideia partiu do Kendi Sakamoto, publisher  da Editora Laços. Comentei de maneira despretensiosa com ele que tinha uma pesquisa em andamento a respeito dos Trapalhões e que havia levantado um rico material histórico, de depoimentos a sobre o modo de fazer cinema dos Trapalhões. Ele sugeriu transformar todo esse conteúdo em livro. Gostei da ideia e comecei a pesquisar mais, a fazer ainda mais entrevistas, e o resultado esta aí: o livro “O Cinema dos Trapalhões”.

Essa pesquisa tem sim um valor afetivo impregnado no trabalho, eu sempre fui fã dos Trapalhões.

DM Revista: Durante esses quatro anos de preparo para o livro, em média quantas horas do seu dia você dedicava a isso?

R.S.: É difícil mensurar. Às vezes, mesmo quando eu não estava efetivamente trabalhando na pesquisa, me pegava pensando nela, buscando soluções, nomes, ideias. Cheguei até sonhar com eles (risos). Só terminamos de trabalhar em uma pesquisa quando ela está concluída.

DM Revista: Você recebeu auxílio de quantos e quais profissionais nessa tarefa? Ou foi um trabalho que você desenvolveu inteiramente sozinho?

R.S.: Fiz todas as entrevistas sozinho, pesquisando nomes nas fichas técnicas dos filmes, seguindo pistas, garimpando, mas não posso deixar de fazer dois agradecimentos:

1º, às pessoas que eu entrevistei: além de confiarem em meu trabalho, muitos me indicaram outros nomes e contatos, tornando o número de entrevistados mais numeroso.

2º, ao respaldo da Editora Laços. Ela está transformando essa pesquisa em um livro de referência, bonito, bem acabado e que irá se tornar um item de colecionador.

DM Revista: Qual foi a maior dificuldade pela qual você passou para a realização deste projeto?

R.S.: A dificuldade é a pesquisa em si, levantar informações. É uma tarefa saborosa, mas ela é bem dificultosa. Por incrível que pareça, por tudo que os Trapalhões representam para o cinema nacional, não há nenhuma bibliografia de referência a respeito deles. Tudo se restringe a teses de mestrado e doutorado.

DM Revista: E qual a maior gratificação?

R.S.: Tornar este livro concreto, vê-lo nas mãos dos leitores.

DM Revista: Quando o livro chegará às bancas? Mais precisamente, quando chegará aos fãs goianos do quarteto?

Estão programados dois lançamentos. Um em São Paulo, no dia 18 de abril, na Caixa Belas Artes, um cinema de rua emblemático da cidade e o outro, no dia 25 de abril, no Rio de Janeiro, na Blooks Livraria em Botafogo, um espaço incrível, charmoso. Gostaríamos de fazer um lançamento em Goiânia sim... quem sabe? É só convidar... A partir do dia 18 de abril o livro já estará à venda no site da Editora Laços e certamente nas grandes livrarias também.

DM Revista: Mande um recado para os fãs dos Trapalhões comprarem seu livro.

O livro “O Cinema dos Trapalhões, por quem fez e por quem viu” é para fãs, estudiosos do cinema, para o público em geral. Entrevistei 132 profissionais das mais diversas áreas, de técnicos a artistas. É um levantamento inédito a respeito do maior grupo de humor que o Brasil já teve. O livro contém ainda dois álbuns de fotos com dezenas de imagens raras dos Trapalhões. É pra ler, reler e guardar pra sempre.

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