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Bioma goiano pronto para apicultura

O mercado do mel de abelha e demais subprodutos é promissor no mercado interno e externo e Goiás dispõe do bioma adequado para fomentar a apicultura qualificada. A conclusão é de palestrantes categorizados como Gabriela Riad Kandar, que dispõe de vasto conhecimento no setor, e de apicultores e outras autoridades, durante encontro sábado, 27, no mini auditório da Secretaria da Agricultura. Além da importância econômica, foi ressaltado o valor medicinal do mel, da própolis e da cera. São produtos utilizados, também, como cosméticos e de crescente mercado na Ásia, conforme ressalta Gabriela.

Entidades especializadas discutem criação e a ampliação de Casas do Mel em Goiás

De acordo com a FAO, em 2017, o Brasil era o 11º maior produtor de mel do mundo, com 41,5 mil toneladas. Em 2019, segundo o IBGE, a produção foi de 45,9 mil toneladas, volume 10,60% maior que em 2017, porém insuficiente para incluir o Brasil na lista dos 10 maiores do mundo. No entanto, há quem creia ser muito mais. A produtividade de mel brasileira é baixa quando comparada a outros países. Os 101 mil apicultores do País, segundo o Censo Agropecuário de 2017, registraram uma média de produção por colméia de 19,80 quilos de mel por ano.

Para que o Estado cresça na produção e na produtividade, a Secretaria da Agricultura promoveu um encontro que contou com o apoio da Agrodefesa, Emater, Senar e Associação de Apicultores de Goiás, prefeitos de Arenópolis, Diorama, Jussara e Piranhas e outras autoridades.

Cada município recebeu um conjunto de mesa desoperculadora de favos, centrífuga elétrica, descristalizador elétrico e ainda três tanques decantadores de mel, três baldes coletores de mel e três peneiras para processamento de mel. Arenópolis, Diorama, Jussara e Piranhas assinaram os termos de cessão de uso de 48 equipamentos no total. O investimento na aquisição dos itens foi de R$ 61,4 mil.

“A ideia é estimular a criação e a ampliação de Casas do Mel em Goiás. Os produtos da apicultura e da meliponicultura têm alto valor agregado. Com técnica, estrutura e conhecimento adequados, podem gerar novas oportunidades para muitas famílias”, declarou o superintendente de Produção Rural Sustentável da Seapa, Donalvam Maia. Ele ressaltou a participação já expressiva da agricultura familiar na atividade.

Prefeita de Jussara, Maria Idali Bontempo contou que os equipamentos repassados pela Seapa serão utilizados na expansão da Casa do Mel já existente na cidade. “Estamos reformando para ampliar a capacidade”, informou. Já o prefeito de Piranhas, Marco Rogério Candido Leite, observou que o município se preparou para a chegada dos equipamentos oferecendo cursos aos produtores. “Vamos caminhar a passos largos na produção de mel de agora em diante”, destacou.

Outros produtos
Além do mel, o produtor poderá obter renda de outros produtos como cera, própolis, pólen, geléia real.

Cera - As indústrias de cosméticos, medicamentos e velas são as principais consumidoras de cera. Entretanto, também é utilizada na indústria têxtil, na fabricação de polidores e vernizes, no processamento de alimentos e na indústria tecnológica. Os principais importadores são: Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Japão e França; os principais exportadores são: Chile, Tanzânia, Brasil, Holanda e Austrália.

Própolis - A própolis é usada, principalmente, pelas indústrias de cosméticos e farmacêutica. E 75% da própolis produzida no Brasil são exportadas.

Pólen apícola - É um produto rico em proteínas, lipídios, minerais e vitaminas. Em virtude do seu alto valor nutritivo, é usado como suplementação alimentar, comercializado misturado com o mel, seco, em cápsulas ou tabletes.

Polinização - Dependendo da cultura, local de produção, manejo utilizado e devastação da região, a polinização pode aumentar a produção entre cinco e 500%. Dessa forma, estima-se que por ano a polinização gere um benefício mundial acima de cem bilhões de dólares.

Geléia real – A indústria de cosméticos e medicamentos também a utilizam na composição de diversos produtos. Combate a esclerose múltipla. A China é responsável por 60% da produção mundial.

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