Na véspera do jogo decisivo contra o Paraguai, o técnico Dunga meteu os pés pelas mãos durante a coletiva no Estádio Ester Roa e causou grande polêmica. Perguntado sobre como ele usava a pressão que sofreu na época de jogador - principalmente após a Copa de 1990 - para evitar que os jogadores se abatam com as críticas e a pressão com as quais estão convivendo, o técnico tentou fazer uma analogia com a escravidão e se complicou: “Eu até acho que sou afrodescendente, de tanto que apanhei e gosto de apanhar. Os caras olham pra mim e falam: ‘vamos bater nesse aí’. E aí começam a me bater. Sem noção, sem nada”.
Os jornalistas presentes à coletiva estranharam a analogia e começaram a se perguntar se Dunga realmente tinha falado o que falou.
Diante na enorme repercussão (negativa) de sua declaração, Dunga publicou um pedido de desculpas no site da CBF, quase três horas e meia após a coletiva. "Quero me desculpar com todos que possam se sentir ofendidos com a minha declaração sobre os afrodescendentes. A maneira como me expressei não reflete os meus sentimentos e opiniões", disse o treinador da seleção.