Da agência o globo
Para quem tenta superar um trauma, toda "primeira vez" impõe dificuldades e gera expectativas. Neste sábado, em Concepción, às 18h30 (de Brasília), será o momento do primeiro jogo de mata-mata após a Copa do Mundo. No caminho, o Paraguai, responsável por outro trauma. Na última Copa América, o empate em 0 a 0 antecedeu a incrível disputa de pênaltis em que quatro brasileiros desperdiçaram cobranças.
Estará em jogo o futuro no torneio sul-americano e a forma como a seleção será avaliada. Sem falar na situação de Neymar, que precisará cumprir dois jogos restantes de suspensão nas eliminatórias caso o Brasil seja eliminado. Se o Brasil conseguir a vaga na semifinal, na pior das hipóteses jogará a decisão do terceiro lugar. Assim, o craque terá cumprido os quatro jogos da punição que recebeu.
Dunga tentou proteger os jogadores das cobranças. “Eles convivem com uma pressão muito grande depois da Copa. O fato de ser um jogo decisivo não muda muito para nós. Entramos em campo sempre para tentar vencer. Lógico que tem mais adrenalina e precisamos encarar como final”, disse o técnico.
A história recente traz mais do que traumas. Se o histórico de confrontos com o Paraguai é amplamente favorável ao Brasil, os últimos anos revelaram um equilíbrio assustador às vésperas de uma decisão. O Brasil venceu 46 e perdeu só 11 dos 75 jogos disputados na história. No entanto, desde 2000, o equilíbrio chama atenção. Foram 11 partidas, com três empates e quatro vitórias para cada lado.
“O Paraguai melhorou muito nos últimos anos, principalmente em jogos contra o Brasil. Eles não vão arriscar muito, vão se defender bastante”, disse o lateral-esquerdo Filipe Luís.
Ontem, Dunga comandou apenas um treino recreativo no estádio Ester Roa, em Concepción.