Após denúncias de possíveis manipulações no futebol brasileiro, feitas pelo dono do Botafogo, John Textor, a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas entrou em ação para julgar o caso.
Vale destacar que os escândalos acabam prejudicando operadores idôneos, como a Superbet Apostas, afinal, o ato de manipulação é prejudicial para as empresas, além do fato de que a desconfiança também afasta novos apostadores.
O americano usou como base um relatório da empresa "Good Game" para fazer acusações, inclusive, o destaque foi o clássico entre Palmeiras e São Paulo, que terminou na vitória do Verdão por 5 a 0.
Após isso, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) ficou responsável por conduzir as reuniões, já que é o presidente da CPI. Também participaram o senador Romário (PL-RJ) e o senador Carlos Portinho (PL-RJ).
Ex-árbitro fala na CPI
Manoel Serapião Filho, ex-árbitro da FIFA e com muita influência no futebol, foi questionado pelo senador Romário sobre a possibilidade de manipulação de resultados por parte de árbitros no Brasil.
Segundo ele, com sua experiência, destacou que não existe a mínima possibilidade de acontecer isso com árbitros do Brasil, tampouco com os dirigentes que chefiam a arbitragem do país.
“Se houver, será uma grande decepção e uma grande surpresa. E, se houver, posso lhe assegurar, senador, que será com uma ou outra ovelha negra, que não vai contaminar o grupo”, destacou Serapião.
Vale destacar que o ex-árbitro FIFA foi um dos idealizadores do VAR (Árbitro Assistente de Vídeo) no futebol. Dessa forma, em 2015, ainda quando trabalhava na CBF, ele fez parte do grupo que apresentou para a FIFA o projeto.
Serapião ainda destacou que a qualidade do VAR no Brasil ainda não é o ideal, mas que o uso dá mais segurança para os jogos e visa corrigir equívocos em lances difíceis.
Auditor que pediu suspensão de Textor deve ser chamado para audiência
O auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva, do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), pediu a suspensão de John Textor por seis anos, além de uma multa de R$ 2 milhões.
Porém, a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, através do senador Carlos Portinho (PL-RJ) protocolou um convite para que o auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva compareça a uma audiência para esclarecer os fatos.
Se a punição for aplicada a Textor, será a maior da história do tribunal esportivo. Vale destacar que o STJD analisou as provas do americano como "imprestáveis", portanto, ao acusar ele acabou ofendendo a honra dos envolvidos, como a entidade, árbitros e atletas.
Portanto, John Textor acabou sendo enquadrado em três artigos do CBJD, o Código Brasileiro de Justiça Desportiva, referentes a ofensas à honra, atuar de forma contra a ética e por dar causa do por "dar causa por erro grosseiro ou sentimento pessoal à instauração de inquérito, ou processo"; que estão previstos nos artigos 243-F, 243-A e 221.