Um tribunal holandês condenou Hasna A., uma cidadã de 33 anos, a 10 anos de prisão por escravizar uma mulher yazidi na Síria. A sentença, proferida pelo tribunal de Haia, marca um passo importante na busca por justiça para as vítimas do Estado Islâmico (EI).
O caso remonta a 2015, quando Hasna A. viajou para a Síria com seu filho de 4 anos, seis meses após a proclamação do califado pelo EI. Lá, ela se casou com um combatente do grupo e posteriormente viveu na casa de outro membro, onde uma mulher yazidi era mantida como escrava.
A acusada foi considerada culpada de redução à escravidão, pertencimento a uma organização terrorista, promoção de crimes terroristas e colocar seu filho em perigo. O tribunal enfatizou que Hasna A. estava ciente das práticas do EI e, em vez de ajudar a mulher yazidi escravizada, dava-lhe ordens para realizar tarefas domésticas e cuidar de seu filho.
Esta condenação se insere em um contexto mais amplo de perseguição aos yazidis pelo Estado Islâmico. Em 2014, o grupo extremista lançou um ataque sistemático contra essa minoria no norte do Iraque, matando milhares e escravizando mulheres e crianças. Esses atos foram posteriormente reconhecidos como genocídio por várias organizações internacionais e governos.