Há uma semana, o ciclone Chido atingiu Moçambique, resultando em pelo menos 94 mortos e 670 feridos, segundo dados divulgados neste domingo (22) pelo Instituto Nacional de Gestão de Riscos e Desastres. A tempestade destruiu mais de 110 mil residências, deixando cerca de 620 mil pessoas afetadas, principalmente na província de Cabo Delgado, onde ventos de até 260 km/h e chuvas de 250 mm em um único dia causaram estragos significativos.
Imagens divulgadas pelo Unicef, capturadas no distrito de Mecúfi, um dos mais atingidos, mostram edifícios devastados, incluindo uma mesquita completamente destruída pela tempestade.
O presidente recém-eleito, Daniel Chapo, visitou neste domingo as áreas afetadas. Chapo, que assumiu o cargo pela Frelimo, partido no poder há cinco décadas, destacou o esforço conjunto para reconstrução das comunidades.
Cerca de noventa mil crianças foram afetadas pelo ciclone Chido em Moçambique.
O ciclone também devastou o arquipélago de Mayotte, no oceano Índico, onde, até o momento, 35 mortes foram confirmadas pelas autoridades locais. O número pode ser maior, já que muitos locais permanecem isolados por escombros, e a tradição muçulmana de enterrar as vítimas imediatamente dificulta o registro oficial dos óbitos.