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Horas após as forças rebeldes reivindicarem o controle da capital síria (Damasco), Abu Mohammed al-Jolani, líder do grupo rebelde Hayat Tahrir al-Sham (HTS)z fez sua entrada na histórica Mesquita Umayyad, onde proferiu um discurso simbólico da vitória rebelde. A rapidez da conquista surpreendeu observadores internacionais, ocorrendo menos de duas semanas após o início da ofensiva coordenada contra o governo de Assad.
Queda do regime de Assad fragmentou o país em três principais facções. As forças de oposição síria lideradas pelo HTS, agora controlando Damasco e grande parte do território. As Forças Democráticas Sírias (SDF), de predominância curda, no nordeste, apoiadas pelos Estados Unidos. E grupos remanescentes leais a Assad, possivelmente recuando para áreas costeiras. Esta nova configuração apresenta desafios significativos para a estabilidade futura da Síria. A ausência de um mediador aceito por todas as partes sugere a possibilidade de conflitos prolongados.
Rápida vitória rebelde abalou alianças regionais, enfraquecendo o chamado "eixo de resistência" do Irã e potencialmente isolando grupos como o Hezbollah. Analistas preveem uma expansão da influência turca na Síria, enquanto Israel pode se encontrar em uma posição estrategicamente favorável.
Comunidade internacional reagiu com cautela à mudança repentina de poder. Nações ocidentais expressaram um cauteloso otimismo, enfatizando a necessidade de estabilidade e proteção civil. A União Europeia descreveu o evento como um desenvolvimento positivo, mas alertou para a importância da segurança regional. O Irã, antigo aliado de Assad, reiterou seu apoio à unidade e soberania da Síria. A Rússia manifestou profunda preocupação com os "eventos dramáticos" no país.
Fuga Coordenada
Informações de rastreamento de voos revelaram que uma aeronave da Syrian Air decolou do aeroporto de Damasco no momento crítico da ocupação rebelde. O avião inicialmente voou em direção à região costeira da Síria, um reduto da seita alauita de Assad, antes de fazer uma curva brusca e desaparecer do radar. Minutos depois da decolagem deste voo misterioso, um avião de transporte partiu da base russa de Latakia, aumentando as especulações sobre uma possível fuga coordenada.
O líder sírio Bashar al-Assad e sua família estão em Moscou, anunciaram as agências de notícias russas no domingo à noite, citando uma fonte do Kremlin: "Assad e os membros de sua família chegaram a Moscou. A Rússia, com base em considerações humanitárias, concedeu-lhes asilo", disse esta fonte às agências de notícias públicas TASS e Ria Novosti.
Desafios Futuros
O rápido avanço rebelde levantou preocupações sobre possíveis vácuos de poder e o risco de ressurgimento de grupos extremistas. A comunidade internacional tem pressionado as facções rebeldes a marginalizar elementos radicais para ganhar legitimidade e evitar que a Síria se torne uma base para ataques no exterior. A situação na Síria permanece fluida e complexa. O futuro do país dependerá da capacidade das novas forças no poder de estabelecer um governo estável e inclusivo, bem como da resposta da comunidade internacional a esta mudança dramática no cenário geopolítico do Oriente Médio.
