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OPINIÃO

Sustentabilidade social: dilemas e perspectivas

No contexto atual, a sociedade só será verdadeiramente sustentável se adotar medidas que visem melhorar a equidade social, combatendo a pobreza, melhorar a distribuição de renda, democratização aos acessos de bens e serviços, essenciais a uma vida digna. O cenário econômico vigente, advindo das transformações da revolução técnica-científica, que visa o lucro e a exploração da massa trabalhadora, o mercado tornou-se mais expressivo, informatizado e competitivo, dificultando atingir as metas da sustentabilidade social.

O Brasil é um país de contrastes, grandes desigualdades sociais, onde prevalecem para alguns, o usufruto das fronteiras da modernidade e de melhores condições de vida, sendo que, a maioria da população vivem no abismo social, como o atraso econômico e social. Estatisticamente, o País possui uma das maiores desigualdades de renda do mundo, isso mostra a fragilidade do país em buscar a sustentabilidade social, pois “toda possibilidade de sustentabilidade passa pela dimensão da sustentabilidade social, assim como todo desenvolvimento é necessariamente social” a desigualdade de renda é extrema e é um mal a ser combatido, em busca da dignidade humana, de melhores oportunidades de inclusão econômica, social, digital e ambiental.

Diante da situação atual, a realidade pode ser vista como uma fábrica de perversidade, Milton Santos (2000), o País precisa combater o analfabetismo, a pobreza, a fome, o desemprego, a violência, as formas de exclusões e melhorar os índices de educação, saúde, saneamento básico, o acesso à moradia, transportes e outros. Estes são fatores agravados pela desproteção social.

Não há como ter sustentabilidade social sem uma democratização dos bens e serviços, que atendam a todos de forma igualitária, pois a qualidade de vida depende do bem estar, do atendimento das necessidades básicas dos cidadãos.

Afinal, é preciso criar políticas públicas distributivas, programas e projetos de qualificação e requalificação profissional de jovens e adultos, que atendam às necessidades básicas da população, através de investimentos no desenvolvimento das potencialidades e aproveitamento das oportunidades de uma dada localidade, sem perder de vista o nacional, só assim poderemos trilhar um caminho rumo a sustentabilidade social de forma igualitária e equitativa, visando a construção de uma sociedade com outros contornos.

(Gilson Marcos Pagés, professor de Geografia, especialista em Gestão Ambiental, cursando Pedagogia)

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