Há, basicamente, grosso modo, dois tipos de representar uma população num âmbito político:
1) os “comunistas” (querem usar o Estado para, raivosamente, pegar o dinheiro de quem produz e distribuir para quem é “mais fraco” – ou então “mais preguiçoso”).
2) Os “empresários”:
2.a/ Aqueles que usam do Estado para auferir ganhos para suas próprias empresas.
2.b/ Os que usam o Estado para impedir o assalto dele pelos comunistas.
2.c/ Os que tentam propiciar ambiente estatal para o desenvolvimento da iniciativa privada.
O povo brasileiro, hoje, vive um conflito insolúvel e esquizofrênico: em primeiro lugar, já sacou que o comunismo/estatismo está destruindo a iniciativa privada no país (daí a pobreza crescente). Mas, por outro lado, é um povo que ama o “empreguinho público” e odeia o empresário (“coxinha”, “elite”, arrogantes, “brancos”, “sulistas”, como diz Lula).
Lula e o PT fazem hoje o possível para aumentar este “ódio empresarial”: divulgam que são as empresas que corrompem o Governo e, usando seu judiciário “comprado” (maioria dos juízes do STF nomeados pelo PT), de modo geral, prendem empresários e soltam os políticos (do mensalão, por exemplo, apenas os empresários estão presos, políticos soltos). Com esta manobra, o lulo-petismo tenta esconder da população que há empresários éticos, que querem apenas trabalhar em paz (o que não tem sido fácil). Tentam esconder que pode haver empresários éticos/honestos, esconder que, quem quiser se esforçar, trabalhar, estudar, pode , ele mesmo, virar um “empresário de si mesmo”. Tentam esconder que há mecanismos muito efetivos de controlar a ganância empresarial: a concorrência e a transparência (ao mesmo tempo que escondem que o Estado não tem nem concorrência nem transparência).
Lula, o PT, o esquerdismo, os burocratas do Estado (tanto do Judiciário quanto do Executivo e Legislativo), todos tentam convencer o povão de que são as “Leis” que regulam a ganância do empresário. Leis não regulam nada, todas podem ser burladas – e no Brasil o são. Nem a transparência moral não muda ninguém (só o amor muda): a transparência só evita que o empresário prejudique “demais” o ambiente coletivo, evita que perturbe demais a ordem pública, como o fazem, por exemplo, alguns “grandes”, p.ex., Eike, Friboi, Oi, Braskem, etc, por sinal, todos altos clientes do BNDES e “amigos do rei”...
Portanto, a regulação do empresário, além da concorrência e da transparência (papel da internet), só pode ser feita pela “ética cristã” ou pelo amor. Tirando o amor (não querer prejudicar os outros por compaixão), mesmo assim é relativamente fácil criar mecanismos para controlar a ganância do empresário. Mas o governo comunista não quer isto, quer a simples destruição da atuação empresarial no governo - por isto luta para impedir o financiamento privado de campanha, por exemplo. O governo comunista fala que quer destruir o empresário de modo geral (continuar favorecendo apenas alguns) porque, no fundo, quer continuar fazendo o que faz: usar do Estado para privilegiar alguns – é o “Capitalismo de Estado” – e estes alguns, por meio das propinas (mensalão, petrolão, BNDESão, etc) irão continuar irrigando os caixa-dois esquerdistas. Num momento em que viu seu “capitalismo de Estado” derretendo, (crises do mensalãopetrolão), agora, desesperado, aposta mais alta do governo é “voltar à esquerda”, tentar implantar uma Cuba/Venezuela, ou seja, lugar onde “todos são iguais, todos são felizes, todos são miseráveis”.
É importante, no momento, para o governo dizer que apoiar empresários é apoiar a corrupção política, pois com isto esconde os reais benefícios que os “empresários de bem” podem causar ao Estado (daí a luta para implantar o “comunista” financiamento público de campanhas) .
Como já disse acima, qualquer um que se esforce e trabalhe pode ser um empresário; e ele não vive de inveja, do ressentimento e da “rapina igualitária”, que são os sentimentos que movem a mente esquerdista.
Evidentemente este é um artigo cínico, como todo artigo maquiavélico deve ser.
(Marcelo Caixeta, médico psiquiatra)