A maioria das nossas ações e decisões estão baseadas predominantemente pelo inconsciente, embora nos tarde confiar ou aceitar. Vivemos a procura de sentidos e fundamentos para as nossas decisões e ações, tentando-nos auto-convencer de que somos vitimas do destino.
Esse assunto não é novidade, pois em e em meados de 300 a.c , O filósofo grego Aristóteles, valorizava a inteligência humana, como única forma de alcançar a verdade e já relatava que somos aquilo que praticamos repetidamente.
Ocorre que muitas pessoas almejam transformar a vida, fazem muitos planos e, mas continuam repetindo o mesmo comportamento.
As pessoas permanecem com seus comportamentos engessados, seguidos de prazer e desprazer, e a repetição constante.
Pensando de forma lógica, aquilo que causa prazer e/ou desprazer, também causa repetição. Pontos de satisfação causam repetição. Um exemplo claro são as crianças, elas habituam fazer isso constantemente. Repetem incansavelmente uma atividade que lhes trouxe satisfação.
A criança que fomos um dia ainda habita em nós, e hoje somos "crianças-adultas", repetindo comportamentos inconscientemente prazerosos e/ou insatisfatórios.
A mente comanda nossos comportamentos e emoções, não é preciso ser um mestre da faculdade de Harvard para saber que quando vemos ou conversamos sobre comida começamos a salivar, ou que podemos nos excitar sexualmente somente com a pensamento. Cada experiência nossa está gravada na mente e é ela que traz essas sensações, estando em sintonia com essas experiências sendo elas positivas ou negativas e entendendo que elas nos ancoram e nos protegem as experiências futuras podemos encontrar os recursos necessários para transformação.
Vivemos semi despertos e nossa mente age de forma silenciosa provocando comportamentos que não conseguimos mudar e nem entender. Quando aprendemos a ouvir com nosso inconsciente, vivenciando e compreendendo a desordem entre a mente racional e a emocional e ter o nobre feedback sobre os pensamentos, e esse relacionamento entre sua mente consciente e a inconsciente traz como resultado uma vida equilibrada e livre para fluir.
Aprenda desenvolver a neutralidade e a observação. Os índios chamam essa capacidade de “visão da águia” é como se pudesse sair voando de dentro do burburinho dos eventos e, de cima, com uma perspectiva ampla, observar os acontecimentos sem identificação ou julgamentos. Ou, em outro exemplo: sair de dentro do rio caudaloso de nossa vida - onde estamos imersos até o pescoço - sentar na margem e observar.
Quando dentro do rio, imersos até o pescoço, qualquer ondinha nos parece enorme, mas quando nos sentamos à beira do rio, a ondinha novamente vira ondinha, e aí podemos ter uma perspectiva mais correta e um envolvimento menos sofrido com as coisas.
Muitas das vezes damos importância aos problemas, sendo que eles não são tão grandes como o colocamos. Olhar por fora o problema, em outra dimensão, desenvolve uma profunda consciência da relatividade dos pontos de vista e, por conseguinte, o redimensionamento das nossas ações e envolvimento com a transitoriedade do problema.
A auto-observação e o auto feedback nos mostra a nossa realidade em dois aspectos: interior e exterior. Previamente olhamos apenas para fora, perdendo a verdade interior. Procuramos constantemente fora de nós à causa de nossa infelicidade; tentando modificar a realidade externa. Ignorantes da realidade interior nunca entendemos que a causa do sofrimento está dentro de nós, em nossas reações cegas às sensações boas e ruins.
Adote a técnica de conversar com seu íntimo, de questionar seus pensamentos e de observar mais seu problema e como você está agindo, e verá que mais rapidamente as negatividades desaparecerão.
Pouco a pouco, a mente tornar-se-á livre de impurezas, mais leve e equilibrada. Uma mente pura é sempre cheia de amor — amor desinteressado, cheia de compaixão pelas falhas e sofrimentos dos outros; cheia de alegria pelo seu sucesso e felicidade; cheia de equanimidade diante de qualquer situação seja ela boa ou ruim, cheia de agradecimento por cada detalhe da vida.
Quando alguém atinge esse estágio, todo o seu padrão de vida muda. Não é mais possível fazer ou falar qualquer coisa que perturbe a paz e a alegria. Uma mente equilibrada não apenas torna-se pacífica, é capaz de encontrar respostas que estão lá no coração.
(Josanne Gonzaga, poeta com 4 livros publicados e participação em 3 antologias, coach Comportamental e administradora de Empresas - E-mail: [email protected] / Matoso Oliveira, coach, escritor, terapeuta, head trainner, facilitador e palestrante - E-mail: [email protected])