O Brasil tem se destacado no cenário mundial no que se refere ao desenvolvimento da indústria da construção sustentável. Trata-se de um movimento importante impulsionado pela própria sociedade, cada vez mais exigente e seletiva na busca de produtos e procedimentos que sejam amigáveis à preservação do meio ambiente. Antes considerado como supérfluo, as edificações com certificação sustentável, como a Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), o selo EPA (U.S. Environmental Protection Agency) e Processo Aqua, além de outros importantes selos – ganham cada vez mais espaço no mercado.
Essa afirmação se justifica quando olhamos para o ranking elaborado pelo Green Building Council Brasil, entidade que concede a certificação Leed no País, e conta com a participação de países líderes neste tipo de construção. Na lista dos “Top 10” nações fora dos Estados Unidos, o Brasil ocupa a quarta posição, atrás apenas de Canadá, China e índia. Por aqui são mais de mil projetos registrados, com mais de 300 edificações já certificados – sejam eles residenciais, empresariais, governamentais, esportivos - em diversas regiões do País.
Não é tão complicado justificar o crescimento substancial deste modelo de construção e em nosso país. Espaços certificados, tal como necessitamos nos dias de hoje, especialmente no quesito “água”, utilizam menos recursos hídricos e energéticos, são mais econômicos tanto para famílias, empresas e contribuintes, reduzem as emissões de carbono e criam um ambiente mais saudável para os moradores, trabalhadores e para a comunidade em geral.
Também de acordo com levantamento feito pela GBC Brasil, adotar tecnologias que estimulam a redução no consumo, como torneiras de pressão que diminuem a vazão da água, descargas, sistemas de captação da água e irrigação inteligente, reduzem em até 40% o volume de água consumido quando comparamos a uma construção comum.
O poder público tem um papel importante na disseminação desse tipo de construção. Na cidade de São Paulo, por exemplo, foi apresentado no final do ano passado um Projeto de Lei que institui incentivos fiscais para construções sustentáveis, chamado de “IPTU Verde”. Os benefícios tributários seriam concedidos ao contribuinte de acordo com o grau de certificação no empreendimento, separados por faixas de desconto, com 4%, 8% e 12%.
Nós da Regatec temos total consciência sobre a necessidade de trazer estimular as boas práticas trazendo à sociedade soluções inovadoras, acessíveis e que possam contribuir com o bem-estar das pessoas e da natureza. Temos uma atuação pautada nos princípios da sustentabilidade dos recursos naturais em todos os nossos processos, desde a captação de água da chuva, filtragem, coleta, armazenam e gestão da água da chuva.
Diante destes argumentos, fica clara a vantagem e os benefícios de incorporar os conceitos da construção verde, tanto pelo incorporador, pelo consumidor final e governantes. Quem ganha com isso é o Brasil, sua população e a sua economia.
(Danny Braz é engenheiro civil, diretor-geral da Regatec e o primeiro brasileiro a receber o Certified Golf Irrigation Auditor, concedido pela Irrigation Association (IA), dos Estado Unidos)