O vereador de Goiânia e senador eleito Jorge Kajuru (PRP) será uma das principais vozes contrárias à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no Congresso Nacional a partir de 2019. “Vou acabar com a bancada da bola”, disse Kajuru ao Jornal Opção Online.
Segundo ele, a palavra “bola” deve ser excluída para dar lugar a “esporte”. Com uma carreira de radialista marcada por críticas à CBF, Kajuru afirma que a atual bancada da bola está mais interessada em propina do que no esporte.
Nas eleições deste ano, nomes importantes desta bancada não conseguiram se eleger, como os emedebistas Romero Jucá e Eunício Oliveira. Kajuru, que pretende apresentar um projeto para incluir o esporte nas escolas, se juntará a Romário (Pode) e Randolfe Rodrigues (Rede) na linha de frente contra a entidade máxima do futebol brasileiro.
BENEFÍCIO
A chamada bancada da bola da Câmara Federal conseguiu emplacar numa medida provisória (MP 656/2014) que dá aos clubes de futebol o prazo de 20 anos para quitarem suas dívidas com o Estado. Segundo estimativas, o valor devido é de cerca de R$ 4 bilhões, principalmente em impostos e contribuições sociais e previdenciárias. O texto aprovado institui o parcelamento dos débitos dos clubes esportivos em até 240 meses, com redução de 70% dasmultas, de30% dosjurosde moraede100% doencargolegal. Os benefícios incluem dívidas tributárias e não tributárias com a Receita Federal, aProcuradoriaGeraldaFazenda Nacional e o Banco Central.
O parcelamento foi incluído na MP 656–que tratava inicialmente de benefícios fiscais para setores de informática e energia eólica e regras para facilitar o crédito consignado na iniciativa privada -, após articulação do líder do PTB, Jovair Arantes (GO).