A decisão de Paulo Maiurino, diretor-geral da Polícia Federal, de rebater declarações do ex-ministro e presidenciável Sergio Moro (Podemos) empurrou a instituição para dentro do debate eleitoral. Por meio de nota divulgada ontem, a PF acusou Moro de mentir nas declarações que tem feito sobre o trabalho que o órgão desempenha nos últimos meses.
A PF atacou também o ex-juiz por sua atuação na passagem no Ministério da Justiça, do qual a polícia é subordinada.
Segundo o texto da Polícia Federal, Moro desconhece a corporação e não se envolveu quando teve oportunidade, ficando fora de todos os debates que tratavam de interesses dos servidores.
A nota provocou polêmica dentro e fora da corporação. Moro deixou o ministério em abril de 2020 ao acusar Jair Bolsonaro (PL) de inferência na PF e hoje se apresenta como pré-candidato à sucessão do presidente.
Em redes sociais, integrantes da PF fizeram críticas ao comunicado. O delegado Alexandre Saraiva foi ao Twitter e escreveu que "'a verdade dói'", compartilhando o link do comunicado.