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Cúpula da campanha de Caiado: apoio de aliados a Marconi é inaceitável

Após sinais de que existiria um movimento de apoio de caiadistas ao projeto de eleição ao Senado do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), a coordenação da campanha do governador Ronaldo Caiado começou a atuar para impedir que ocorra adesões ao tucano.

A tentativa de criação de um movimento de apoio às candidaturas do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), à reeleição, e do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), ao Senado, foi rechaçada no Palácio das Esmeraldas e no comando da campanha.

Aliados próximos do governador afirmam que ele desautorizou qualquer iniciativa neste sentido.

Contudo, ele teria reiterado que não pode interferir diretamente nas legendas e menos ainda na decisão dos prefeitos tucanos, que apoiam a reeleição de Ronaldo e, evidentemente, o projeto de Marconi para o Senado. O que o governador quer é, segundo as fontes próximas, união em torno dos nomes da base.

Candidato a vice-governador Daniel Vilela (MDB) e o coordenador-geral da campanha, Lissauer Vieira (PSD), com o aval de Ronaldo Caiado, desautorizam iniciativas que associem o líder do União Brasil a Marconi.

Pela manhã, a declaração de Ismael Alexandrino (PSD), ex-secretário de Ronaldo Caiado, de que apoiaria Marconi Perillo, pegou de surpresa lideranças da campanha de Ronaldo.

Vilmar Rocha, Lissauer Vieira, Francisco Jr e lideranças do PSD: partido tem candidato a senador, o ex-deputado federal Vilmar Rocha

O candidato a deputado federal reiterou que o apoio ocorreria apenas em Palmeiras de Goiás, onde participou de uma movimentação política.

Segundo o prefeito Vando Vitor, a cidade está dividida entre Wilder Morais (que destinou recursos para o município, principalmente no caso do hospital municipal) e Marconi Perillo, que tem grande proximidade com a cidade. Mas o esperado, dizem os coordenadores, é que o candidato de cada legenda que apresenta nomes ao Senado defenda o postulante de seu partido, independente da situação política do município. E o partido de Ismael tem candidato ao Senado - o ex-deputado federal Vilmar Rocha, presidente do PSD.

Nos últimos dias, aliados do ex-governador tucano decidiram criar o movimento denominado ROMA, em alusão às iniciais dos nomes de Ronaldo e Marconi.

Aliança impossível

O principal motivo de indignação dos integrantes do governo e da coordenação de campanha é que Caiado passou os últimos anos destacando as ações responsáveis de seu governo, contrapondo com as irregularidades cometidas nos mandatos do PSDB em Goiás.

Caiado foi o responsável por quebrar, em 2018, o ciclo de 20 anos de poder do grupo marconista. Para eles, não faria nenhum sentido um apoio a Marconi.

O grupo vê chances nas candidaturas de Delegado Waldir (UB), Alexandre Baldy (PP) e Vilmar Rocha (PSD), que têm perspectivas de crescimento, já que, historicamente, a eleição para o Senado é a última na qual o eleitor define o voto.

Recente pesquisa divulgada pela TV Anhanguera, realizada pelo Ipec, mostra que 65% dos entrevistados disseram que ainda não têm candidato a senador. Logo, a disputa está aberta.

Absurdo
Além do governador, a primeira-dama Gracinha Caiado, que lidera uma das frentes da campanha à reeleição, também demonstrou descontentamento com a adesão de aliados ao movimento ROMA.

A coluna Giro, de O Popular, informa que a primeira-dama teria avaliado como “absurdo” e inaceitável que prefeitos da base participem de tal movimento. Ontem, ela gravou vídeo, direto de uma carreata, para pedir votos aos candidatos da base. No vídeo ela cita Delegado Waldir, Alexandre Baldy e Vilmar Rocha como os nomes do grupo político.

Candidato a vice-governador, Daniel Vilela entrou em contato com lideranças do MDB e reprovou eventual apoio a Marconi, ainda que de forma individual.

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