As manifestações realizadas neste domingo (15) em todo o país ganharam destaque na mídia internacional nesta segunda-feira (16). Vários jornais identificaram um "protagonismo da classe média branca" nos protestos contra o governo e a corrupção.
O jornal britânico The Guardian publicou o seguinte: "Centenas de milhares de brasileiros predominantemente brancos e de classe média tomaram as ruas ontem". O espanhol El País, em sua capa, enfatizou que "os protagonistas das marchas pertencem às classes médias mais educadas". Segundo a descrição, foram "médicos, professores, advogados e estudantes mais bem preparados e informados".
O jornal argentino Clarín destacou o deputado federal Paulinho da Força (SD-SP), afirmando que ele foi "o único que levou grande número de manifestantes que não são nem brancos nem ricos para a manifestação". Porém, o noticiário destacou que Paulinho foi hostilizado pelos demais manifestantes que apenas "toleram" a camada social de trabalhadores que o político representa.
Os jornais também falaram sobre a baixa popularidade de Dilma Rousseff e associaram o fato à atual crise econômica e à Operação Lava Jato.
The New York Times enfatizou os desafios que o governo enfrenta com a "estagnação da economia, um escândalo de corrupção e uma revolta de algumas das figuras mais poderosas de sua coalizão".
Embora o protesto fosse por melhorias para o Brasil, diversos manifestantes utilizaram cartazes em inglês para chamar atenção da mídia estrangeira.