A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), anunciou nesta quinta-feira (17) que o atendimento feito pelo SUS (Sistema Único de Saúde) será reduzido em 80% em 8 hospitais associados e credenciados pelo programa a partir do dia 20 de Dezembro.
Segundo informações da Ahpaceg, desde 20 Novembro, os 8 hospitais que terão suas capacidades e atendimento reduzidos já vinham exercendo suas funções com metade da sua capacidade de atendimento devido aos frequentes atrasos nos pagamentos dos serviços realizados para o SUS, cortes sem justificativas e o recente anúncio do Ministério da Saúde de que haverão novos atrasos nos pagamentos a partir do mês de Dezembro.
O corte de 80% da capacidade de atendimento irá atingir a realização de cirurgias eletivas, transplantes e internações -incluindo as internações em UTI's.
Na lista dos Hospitais com atendimentos reduzidos estão: Instituto de Neurologia de Goiânia, Hospital da Criança, Hospital Infantil de Campinas, Hospital Monte Sinai, Hospital São Francisco de Assis, Hospital Santa Genoveva (em Goiânia), Hospital Santa Mônica (em Aparecida de Goiânia) e Hospital Evangélico Goiano (em Anápolis).
Ainda segundo a Ahpaceg, com dívida que ultrapassa R$ 4 milhões referentes à complementação das taxas diárias da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), cortes sem explicação nas faturas e nem resposta por parte da Secretaria Municipal de Goiânia, Anápolis e Aparecida de de Goiânia, Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde, os hospitais estão sendo levados a diminuir ainda mais os atendimentos.
Na declaração, a Associação diz lamentar a medida tomada, mas que a redução dos serviços prestados ao SUS é providência necessária para a continuação do funcionamento das unidades.
Apresentação do desempenho e custos dos hospitais
Nesta sexta-feira (18), às 8h30 no auditório do Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO), o Secretário de Saúde Leonardo Vilela irá apresentar, aos representantes do controle social do SUS, o desempenho dos hospitais administrados por OS's (Organizações Sociais), e as transferências feitas pelas SES-GO (Secretaria da Saúde do Estado de Goiás) para o funcionamento das unidades hospitalares.