Cultura

Banda inglesa The Mission traz vibe gótica para Goiânia

Welliton Carlos

Publicado em 21 de outubro de 2022 às 18:55 | Atualizado há 4 meses

A banda inglesa The Mission, uma
das principais do movimento gótico inglês, toca no sábado, 29, em Goiânia, no
Bolshoi Pub. Ao que tudo indica, em um dia frio e chuvoso, como prevê a
meteorologia. É a “Deja Vu Tour’, que percorre várias cidades brasileiras. 

 


			Banda The Mission na década de 1980: estilo dark e gótico da gelada Inglaterra

Divulgação


 

O grupo surgiu em 1986 após um
conflito no Sister of Mercy, banda-mãe que surgiu em Leeds seis anos antes.
Wayne Hussey (voz) e Craig Adams (baixo) não aguentaram as chatices de Andrew
Eldritch e saíram do Sister. Em seguida, montaram o The Mission. Simon Hinkler
(guitarra/teclado) e Mike Kelly (bateria) completam a banda lendária.

The Mission tem um som que surpreende
pouco nossos ouvidos, uma vez que estilisticamente usa as mesmas ferramentas de
bandas da época – logo, já conhecidas dos hits e dials. Mas apresenta uma
evolução nas composições. Hussey passou a morar no Brasil no início deste
século, montando um estúdio. Tem uma visão de mundo diferente com esta experiência. 

 


			The Mission na atualidade: grupo fecha turnê em Goiânia, no sábado, 29

Divulgação


 

O conjunto de bandas seminais do
pós-punk pode ser resumido por Joy Division, The Cure, Bauhaus, The Fall,
Sister of Mercy e The Mission.

“Wasteland”, “Serpent’s Kiss” e
“Severina” – alguns dos hits que ficaram conhecidos no final da década de 1980
e começo de 1990 – devem ser apresentados no pub goiano. Eles revelam uma banda
de base bastante simples, ritmos binários e quartenários limpos, com poucas
viradas. Solos de guitarra sintéticos e uma voz grave finaliza a caracterização
do grupo. Acordes dissonantes, mas nada que embole os ciclos harmônicos
simples e comuns.

É o momento dos fãs da época se
reencontrarem, curtirem suas memórias e presenciarem a história – afinal, a
banda é uma sobrevivente aos modismos. Faz música honesta. 

Agora, muitos adeptos com cabeças
brancas e menos revoltados com o sol do que antigamente devem cobrar mais a
fotografia do passado do que os vídeos do presente mais ensolarado – que revelam, inclusive, o amadurecimento da turma.

Os jovens até conhecem o estilo
gótico e gostam, principalmente ao sabor de Billie Eilish, mas dificilmente
sabem do que se trata. Sendo assim, show para iniciados. Mas para quem
presencia, eis a sensação de testemunha do rock de qualidade que marcou tanto
uma época. É pra gritar: “SeVERINA!!!” 

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