“It takes two” vence game do ano: jogo trata de briga entre casal
Redacão
Publicado em 10 de dezembro de 2021 às 12:41 | Atualizado há 4 meses
“It takes two”, um jogo que trata de relacionamento entre um casal, é o game do ano. Vencedor do The Game Awards, considerado por muitos o Oscar dos jogos eletrônicos, ele entra para a história por marcar uma ruptura na linha evolutiva de uma prática que começou lá atrás com esportes (Tenis for Two, 1958) e depois avança para a destruição (Spacewar, 1962). O último Goty (Game of the Year) foi ” The Last of Us 2″, jogo primoroso da Naughty Dog que tem como grande sensação matar zumbis.
Desta vez, os votantes (90% dos scores) e eleitores populares (10% dos votos) escolheram um jogo de aventura que dialoga com a plataforma, recuperando uma tradição de games do passado e para a família.
É uma guinada em relação a dois formatos de forte tendência, jogos de tiro e de terror. Logo, não é a toa que venceu “Deathloop”, um quase favorito, e “Resident Evil- Village”, game de survival horror que marcou o primeiro semestre.
“It takes two” é feito para aproximar pessoas: não se joga individualmente, contra a “máquina”. Multiplayer, a ideia é mesmo aproximar pessoas – de preferência um casal que está em crise e pronto para se separar.
O Diário da Manhã antecipou em um mês sua vitória ao mostrar que o metascore do jogo estava altíssimo frente aos concorrentes. Mas você não o encontra nas lojas de Goiás, pois era um azarão para muitos. O jogo tem um paralelo com terapia de casal. Começa com um confronto: o marido que cuida da filha versus a mulher que trabalha. A abertura introduz a situação traumática para a criança, que chora ao ver o lar desmoronando. Eis que entra na história o “livro do amor”, que tem missões para voltar a aproximar o casal.
A narrativa se resume nos frames em que a criança abalada implora para que pai e mãe não se separem e chora. As lágrimas caem no livro e o drama inicial se estabelece: o livro encantado leva marido e mulher a terem que “jogar” de forma cooperativa para salvar o relacionamento. Os jogadores escolhem se serão Cody ou May.
A lição, o que se extrai da jogabilidade, é que somos melhores juntos.
O estúdio Hazelight, responsável por “It takes two”, é digno do século 21, ao apresentar um desenho gráfico primoroso, ao estilo da Pixar, com jogabilidade intensa e de tirar o fôlego da família. A temática social está por trás, com imensa possibilidade de integração dos jogadores. Existem minijogos dentro da narrativa que permitem uma imersão casual. Em um dos momentos, é possível Cody voltar no tempo. Em um relacionamento você faria algo diferente se realmente pudesse ter uma segunda chance?
The Game Awards ocorreu na noite de quinta-feira, em Los Angeles. Trouxe uma infinidade de informações, como a produção monolítica de um jogo da Mulher Maravilha – há muito tempo esperado. É um monolítico, pois ainda está bem em início. Apenas um teaser foi exposto.
O evento começou com apresentação de Sting e uma posição do The Game Awards contra assédio na indústria de games – uma indireta para a Activision. O evento trouxe também uma impressionante gameplay de Hellblade 2: Senua’s saga. Um absurdo de realismo, que chega a angustiar quem vê o jogo em execução.
Produzido pela Ninja Theory, exclusivo para Xbox, a criação traz uma mulher protagonista, Senua, em uma cena de enfrentamento contra um gigante. Acredite: o que se vê é uma gameplay (alguém realmente jogando). Incrível.
O jogo marca a supremacia do motor de jogos Unreal, que também foi usado para fazer “It takes two”. Aliás, a Unreal é o conjunto de códigos, imagens e texturas mais explorado na indústria. Limpo, mas pesado. Seu computador doméstico deve ter 16GB RAM pra abrir. Keanu Reeves e Carrie-Anne Moss apareceram para anunciar “Matrix Awakens – An Unreal Engine 5 Experience”.
O software é usado para uma experiência tão ou mais realista do que “Hellblade”. Não dá mais para saber quando é cinema ou jogo. Desde o início de 2021, o motor já impressionava com o projeto acessível de metahumanos – possibilidade de criação de personagens ultrarealistas.

Outros vencedores
O The Game Awards premiou vários outros jogos em categorias diversas, como Forza Horizon 5 (Melhor design de áudio e Melhor jogo de esporte/corrida), Deathloop (melhor direção), Marvel’s Guardians of the Galaxy (Melhor narrativa), Maggie Robertson (Melhor atuação por ‘Resident Evil Village’), Kena (Melhor independente), Metroid Dread’ (Melhor jogo de ação/aventura), etc. O evento premia até o jogo mais esperado – e adivinhe, “Elden Ring” venceu. Infelizmente, “Cyberpunk 2077” – o jogo mais bugado e menosprezado do ano – só ficou nas indicações. Merecia pela belíssima trilha sonora.
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