Após denúncia, clínica de hipnose do DF suspende demandas relacionadas à “cura gay”

Nesta terça-feira (10) a empresa Hipnoticus, que é investigada por oferecer a “cura gay”, informou que “não serão aceitas mais demandas de tratamento que lidem com a homossexualidade”. A clínica de hipnose atualizou sua nota oficial disponível em seu endereço eletrônico, após o hipnoterapeuta Gabriel Henrique de Azevedo Veloso, prestar depoimento à polícia Civil do DF (PCDF).

A nota informa que o serviço, que custava R$ 29.990, ficará interrompido “por tempo indeterminado”. A clínica ainda afirma que “os primeiros esclarecimentos já foram prestados às autoridades”.

O Conselho de Auto Regulamentação da Terapia Holística (CRT), negou a afirmação do dono da empresa se que possuia cadastro no órgão. Além da “cura gay”, o empresário também oferecia a cura de depressão e ansiedade em um período de seis meses, mesmo sem ter formação adequada para exercer nenhum serviço psicológico e de saúde.

Para o Metrópoles, o CRT informou que por ter uma conduta indevida, o hipnoterapeuta teve o cadastro suspenso em agosto de 2018 por “pendências estatutárias e falta ética e profissional”. Além disso ele foi alertado sobre o uso irregular do número do número da CRT, que foi cessado.

No texto divulgado, Henrique ainda justificou que a suspensão da filiação dele ao CRT se deu pela demora em ajustar em seu site “termos não adequados à prática da terapia holística”. A nota ainda afirma que “a filiação ao CRT é voluntária e Henrique o fez em 2009, pelo desejo de ver a organização da profissão de terapeuta e de uma possível regulamentação da profissão em lei”.

O caso é investigado pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual (Decrin) e pelo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

*Com informações do Metrópoles.