A felicidade que os espera
Diário da Manhã
Publicado em 28 de novembro de 2015 às 23:15 | Atualizado há 9 anosJá reparou que a pessoa dedicada ao estudo da Doutrina Espírita, como qualquer estudioso interessado em adquirir conhecimento, na área de sua preferência, o faz com afinco e perseverança, jamais achando excessivo o tempo que passa em pesquisas e descobertas?
Por que será que se busca, incansavelmente, saber mais, mergulhar de cabeça em pesquisas infindáveis, achando que o tempo nunca é suficiente para o tanto que é preciso estudar?
Na sua opinião, isso acontece com que propósito?
As respostas já ouvidas, variam: há quem julgue que precisa saber mais. Outros o fazem por curiosidade como também há quem deseja amealhar conhecimentos para alimentar a sua alma ou para usar as informações em debates, palestras, até mesmo para reforçar seu ponto de vista, suas opiniões, seus argumentos.
Mas, em reflexão mais aprofundada, o fazem pelo gosto de aprender e ser mais feliz. Acham que é a forma mais garantida, rápida e agradável para desfrutar a tão procurada felicidade.
Vejamos como esse sentimento, que traz felicidade para nossa alma, é encontrado através de Três Revelações das Verdades Espirituais.
Encontramos na Primeira Revelação, promulgada no Monte Sinai, a Lei Mosaica. Resumida em Dez mandamentos, que na verdade são originados de 614 regras para bem viver, é encontradas ao longo do Pentateuco contido no Antigo Testamento.
Sobre isto a Torá – o livro de ensinos judaicos – conta que a Revelação de Deus diante do povo judeu foi um evento dramático e estarrecedor, anunciado por relâmpagos e trovões. Toques de Shofar ressoavam enquanto uma nuvem pesada de fumaça cobria o monte. Está no livro Êxodo: O Monte Sinai estava todo em fumaça por causa da Presença que tinha descido sobre ele (19:18).
De acordo com a lei mosaica – que expressa a Lei de Deus – para ser feliz, há que cumprir os Dez Mandamentos. O que acontece em todas as religiões que adotam a Bíblia como norte de religiosidade e a consideram de caráter divino.
Como legislador, Moisés trouxe para o povo do Sinai outras leis. Elas visavam conter um povo turbulento e indisciplinado, combatendo abusos e preconceitos, muitos dos quais adquiridos durante a escravidão no Egito.
Entre os libertos da escravidão egípcia eram pouco desenvolvidos o senso moral e o sentimento de justiça.
Sendo assim, seria feliz quem cumprisse os Mandamentos da Lei, tivesse a benção de uma família numerosa e possuísse grande rebanho para garantia da sobrevivência familiar.
Com a vinda do Cristo recebeu a humanidade a Segunda Revelação.
Ele, que não veio para destruir a Lei mas cumpri-la, inferiu as verdades espirituais e desenvolveu os postulado da Lei de Deus, adaptando-a ao grau de adiantamento dos homens.
Trouxe como apanágio da Infinita Misericórdia a Lei de Amor, que tocou os corações, modificando-os na substância e na forma.
Combateu o abuso das práticas exteriores e das falsas interpretações , resumindo-as em “Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo” Mc 12:31, acrescentando: “Ai estão a lei e os profetas” Mt 22:40.
Na ótica magnânima do Cristo, a Lei de Deus terá cumprimento integral, será praticada na Terra inteira, em toda a sua pureza e não será privilégio de alguns homens nem de um único povo.
Competia a Jesus dar cumprimento às profecias que lhe anunciaram o advento. Sua autoridade vinha da natureza de seu Espírito e da Sua missão divina. Cunhou, através do Sermão do Monte, as Bem Aventuranças.
Oito degraus para a evolução individual e coletiva da humanidade: o caminho real para a felicidade.
Mas Jesus não pode dizer tudo, pois não conseguiríamos compreendê-lo. Deixou para o momento oportuno o advento do Consolador: “Se vós me amais, guardai meus mandamentos; e eu pedirei a meu Pai, e ele vos enviará um outro Consolador (…)Jo 14:15.
No tempo oportuno, no Século das Luzes, surgiu a Terceira Revelação: “(…) o Consolador, que é o Santo-Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará relembrar de tudo aquilo que eu vos tenha dito” Jo 14:26.
Força viva e atuante da natureza, fonte de fenômenos até hoje incompreendidos, relegados a princípio para o domínio do fantástico, surgiu o Espiritismo. Chave com auxílio da qual tudo se explica de modo mais fácil.
Veio aos homens por meio de provas irrecusáveis: a existência e a natureza do mundo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo. Porta redentora para a compreensão de todos os mistérios que envolvem a humanidade.
Como a Terceira Revelação, o Espiritismo não é personalizado por nenhuma individualidade. É fruto do ensino dado pelos Espíritos, que são as Vozes do Céu, em todos os pontos da Terra, contando ainda com o concurso de uma multidão de intermediários.
É um ser coletivo, formado por seres do mundo espiritual que trazem aos homens a luz para tornar-lhes conhecido esse mundo e o caminho seguro para a felicidade que os espera.
(Elzi Nascimento, psicóloga clínica e escritora / Elzita Melo Quinta, pedagoga – especialista em Educação e escritora. São responsáveis pelo Blog Espírita: luzesdoconsolador.com. Elas escrevem no DM às sextas-feiras e aos domingos – E-mail: [email protected] / (062) 3251-8867)