Collor vai poder guardar Ferrari e Lamborghini em casa
Diário da Manhã
Publicado em 22 de outubro de 2015 às 01:35 | Atualizado há 10 anosBRASÍLIA – O ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que o próprio senador Fernando Collor (PTB-AL) seja o fiel depositário em decorrência da operação da Polícia Federal. Estão na frota uma Ferrari, um Bentley, um Land Rover e uma Lamborghini. O Porsche Panamera ainda não foi liberado, mas isso poderá acontecer quando a empresa que é oficialmente dona do carro, a GM Comércio de Combustível, enviar uma autorização ao STF.
Os carros serão devolvidos a Collor, mas ele poderá ser obrigado a devolvê-los a se for condenado ao fim do processo da Lava-Jato no STF. Portanto, ele não foi autorizado a vender os veículos. Zavascki ordenou que a indisponibilidade para a compra e venda seja registrada no Departamento de Trânsito (Detran). O ministro não explicou na decisão se o parlamentar pode ou não dirigir os carros.
De acordo com Teori, o custo de manutenção dos carros seria muito alto para o poder público e, caso ficassem sem cuidados, teriam seus valores depreciados. A decisão, que foi tomada a pedido da defesa de Collor, ordena que o senador arque com custos de manutenção e deixe os veículos em perfeito estado.
“Nomeio o requerente, em caráter provisório, fiel depositário dos bens apreendidos, exceto o veículo Porche, mediante a assinatura de termo próprio, cumprindo-lhe, além da observância da natural indisponibilidade desses bens, os ônus e deveres correspondentes à condição de depositário judicial, notadamente os de sua guarda e conservação e o de imediata restituição quando para tanto for intimado”, escreveu o ministro.