Opinião

BPM na prática – Por que processos de negócios?

Redação

Publicado em 11 de junho de 2015 às 03:18 | Atualizado há 10 anos

 

Para quem convive diariamente no ambiente de negócios, visitando várias organizações durante a semana, se depara com o crescente interesse das mesmas e seus profissionais pela Gestão por processos.

Em vários segmentos e em todos os portes de organizações é nítida essa preocupação. E isso não é recente, um exemplo claro e bem próximo é a constatação que a revista Exame PME trouxe na sua edição de outubro de 2011, que premiava as 250 pequenas e médias empresas que mais cresceram no Brasil no período. Foi realizada uma pesquisa com essas empresas, e o assunto que apareceu com maior prioridade foi revisar processos (76% das empresas), a frente de temas clássicos como investir em treinamentos e tecnologia da informação.

A dúvida para muitos é, por que isso ocorre, será isso uma moda na gestão? A resposta é simples, tardiamente, mas, em tempo, as empresas e profissionais estão descobrindo a real importância dos processos para o negócio. A estratégia de qualquer mercado grande ou pequeno está baseada em vários fatores que no final se resume em produzir e entregar valor para os clientes, conquistando sua preferência e gerando retorno para os acionistas e/ou mantenedores. E o que designa e entrega este valor para estes clientes são os processos de negócio.

Ao longo dos anos, o tempo todo, líderes e gestores se preocupam com iniciativas e investimentos que podem trazer ganhos para as empresas: investimento em softwares para reduzir custos; investimento em pessoas para a satisfação do cliente; investimento em máquinas para reduzir o tempo de entrega, e assim por diante. Mas na maioria das iniciativas o retorno do investimento não é obtido, não na proporção esperada e possível. O que ocorre é que existe uma barreira natural entre a iniciativa de melhoria e o ganho, o(s) processo(s).

Se o processo não é maduro, não está sob controle, não é monitorado, ou seja, se o processo não é bom, todas as iniciativas de melhoria que passam por ele correm um alto risco de não funcionar como esperado. Um dos exemplos mais clássicos é a implantação de um software muito bom em um processo ruim, o resultado na maioria das vezes é a “informatização da bagunça”, ou então contratar mais pessoas ou recursos para aumentar a capacidade de processos que estão sem controle e correm livremente. O resultado quase sempre é o aumento da capacidade de “fazer coisas ruins”.

Mas a notícia é muito boa! Cada vez mais profissionais buscam capacitação para a gestão por processos, mais empresas investem em iniciativas para conhecer e controlar os processos e escolas e universidades inserem em suas ementas este tema. Sendo assim, cada vez é maior o interesse e a ação no sentido de controlar aquilo que é vital para qualquer negócio, aquilo que cria e entrega o valor que os clientes necessitam para os processos de negócio.

Por que valor e clientes em destaque? Porque isso é o que realmente importa.

 

(Nivaldo Morais. Certificado CBPP, mestre em Eng. da Produção, sócio diretor da BP Company Processos e coordenador do MBA de Gestão de Processos do Ipog)

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