Brasil

Mercado financeiro ajusta previsões econômicas após novo aumento de juros

Redação DM

Publicado em 24 de março de 2025 às 11:10 | Atualizado há 4 semanas

Impactos na economia brasileira

O recente aumento da taxa Selic para 14,25% ao ano, determinado pelo Banco Central, trouxe uma série de revisões nas previsões econômicas para o Brasil. Analistas do mercado financeiro já revisaram para baixo suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e para a inflação deste ano, conforme divulgado no último Boletim Focus.

PIB e inflação: revisões em foco

A estimativa de crescimento do PIB para 2025 foi ligeiramente ajustada de 1,99% para 1,98%. Apesar do leve declínio, a previsão continua a sinalizar uma expansão, embora modesta. Para os anos subsequentes, as expectativas permanecem estáveis, com projeções de crescimento de 1,6% para 2026 e entre 1,9% e 2% para 2027 e 2028.

No tocante à inflação, o cenário é igualmente cauteloso. Espera-se que a inflação oficial, medida pelo IPCA, feche o ano em 5,65%, uma leve queda em relação à previsão anterior de 5,66%. No entanto, as expectativas para 2026 foram ajustadas para cima, com uma previsão de 4,5%. Estas projeções ainda estão acima do teto de 4,5% estipulado pelo Conselho Monetário Nacional.

Estratégias monetárias e suas consequências

O Banco Central justificou a elevação da taxa de juros como uma tentativa de controlar a inflação, em um cenário global repleto de incertezas. O aumento dos preços de alimentos e energia, somado a um crescimento econômico aquecido, levou o Comitê de Política Monetária (Copom) a adotar esta política de aperto monetário.

O Copom já sinalizou que novas elevações da taxa Selic poderão ocorrer, embora em menor magnitude, na próxima reunião em maio. Contudo, o mercado financeiro já trabalha com a expectativa de que a Selic possa atingir 15% ainda este ano.

Expectativas futuras e desafios

Com a alta dos juros, o crédito se torna mais caro, impactando diretamente o consumo e a produção. Isso, por sua vez, pode significar uma desaceleração na atividade econômica, um efeito colateral esperado, mas que exige atenção para não sufocar o crescimento. Especialistas alertam que, embora a política monetária seja crucial para controlar a inflação, ela deve ser equilibrada para não comprometer a recuperação econômica do país.

As próximas reuniões do Copom serão cruciais para definir os rumos da política monetária e seu impacto na economia brasileira. Enquanto isso, o mercado financeiro continua ajustando suas projeções e monitorando de perto os indicadores econômicos.


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