Inovações Amazônicas: Startups do Pará Miram Mercado Global na COP30

Com a iminente realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) em Belém, no Pará, startups locais têm intensificado seus esforços para destacar inovações sustentáveis que possam atrair a atenção global. Essas iniciativas não apenas visam a sustentabilidade ambiental, mas também buscam integrar tecnologia e desenvolvimento comunitário na Amazônia.

Economia Sustentável: A Transformação da Floresta

Na pacata cidade de Igarapé-Miri, Maurício Pantoja lidera uma startup que exemplifica a junção entre inovação e tradição. A empresa está focada no beneficiamento de frutos regionais, como o açaí, cacau e cupuaçu, transformando-os em polpas e pós para exportação. “Nosso objetivo é manter a floresta em pé enquanto criamos valor agregado para os produtos locais”, afirma Pantoja. Isso possibilita que cerca de 340 famílias, a partir de cooperativas em Igarapé-Miri e Abaetetuba, tenham uma fonte de renda sustentável durante o ano todo.

Tecnologia como Aliada do Empreendedorismo

Outra iniciativa promissora é a startup de Vitor Alves, sediada em Belém, que utiliza plataformas digitais para capacitar pequenas empresas por meio de cursos de tecnologia empreendedora. “A tecnologia pode acelerar a resolução de problemas e encontrar novos mercados para pequenas empresas”, explica Alves. Este modelo tem sido crucial para pequenas e médias empresas se adaptarem rapidamente às exigências do mercado global.

Reconhecimento e Oportunidades de Crescimento

Tanto a startup de Pantoja quanto a de Alves foram premiadas no 11º Startup Day, organizado pelo Sebrae do Pará, destacando-se nas categorias de bioeconomia e tecnologia. Este evento tem sido fundamental para conectar empreendedores locais com mentores e investidores, impulsionando suas ideias inovadoras em um cenário global e preparando-as para o destaque na COP30.

Rubens Magno, diretor-superintendente do Sebrae do Pará, destaca a importância de fomentar o ecossistema de inovação na Amazônia. “Queremos mostrar que a Amazônia é um polo de inovação, capaz de competir com qualquer outra região do mundo”, afirma ele.

Pantoja enxerga esses eventos como uma plataforma vital para ganhar visibilidade. “Nós estamos posicionando a Amazônia no cenário internacional, mostrando que cuidamos da biodiversidade e das pessoas”, finaliza.