Brasil avança na produção de saúde com novos investimentos
Redação DM
Publicado em 20 de abril de 2025 às 13:40 | Atualizado há 4 horas
O Brasil está em um caminho promissor para fortalecer seu Complexo Econômico-Industrial da Saúde, com investimentos significativos que visam não apenas aumentar a produção nacional de medicamentos, mas também garantir a autonomia do Sistema Único de Saúde (SUS). Recentemente, a multinacional dinamarquesa Novo Nordisk anunciou um aporte de R$ 6,4 bilhões em Montes Claros, visando a produção de remédios essenciais, como insulina e tratamentos para hemofilia.
Foco em inovação
Além dos investimentos de grandes empresas, o governo brasileiro, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Finep e Fundação Butantan, planeja injetar R$ 200 milhões em startups inovadoras na área de saúde. Essa iniciativa busca fortalecer a cadeia de suprimentos do SUS, diversificando e modernizando o setor com novas tecnologias.
A política industrial conhecida como Nova Indústria Brasil (NIB), lançada em janeiro de 2024, é uma parte essencial desse avanço, visando aumentar a produção local de medicamentos de 45% para 70% até 2033. Essa meta pretende reduzir a dependência externa, algo que se tornou evidente durante a pandemia de covid-19, quando o Brasil enfrentou grandes desafios com a importação de insumos e vacinas.
Impacto econômico
Os benefícios dessa política vão além da saúde pública. Caroline Giusti de Araújo, especialista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), afirma que o Complexo Econômico-Industrial da Saúde é vital para o crescimento econômico do Brasil, representando cerca de 10% do PIB. O investimento no setor não só gera empregos, mas também tem um efeito multiplicador, aumentando a produção e a inovação em diversas áreas.
O presidente da Sindusfarma, Nelson Mussolini, também enfatiza a importância de tratar essa política como uma diretriz de Estado, com marcos regulatórios claros, para garantir a continuidade e a eficácia dos investimentos na saúde.