Economia

Queda na produção de vinho afeta mercados globais

Redação DM

Publicado em 21 de abril de 2025 às 07:40 | Atualizado há 8 horas

A produção de vinho mundial em 2024 atingiu seu nível mais baixo em mais de seis décadas, resultando em 225,8 milhões de hectolitros, uma diminuição de 4,8% em relação ao ano anterior. A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) aponta que essa drástica queda é resultado de condições climáticas adversas, como chuvas intensas, granizo e geadas tardias, além de pragas que afetaram a colheita.

Impacto econômico

O cenário de consumo também é preocupante. O consumo global de vinho caiu 3,3%, atingindo 214,2 milhões de hectolitros, o menor volume desde 1961. Essa diminuição reflete uma mudança nos hábitos dos consumidores, especialmente entre os jovens, que estão se voltando para opções alternativas, como bebidas destiladas e coquetéis. Além disso, a inflação e o aumento dos preços têm contribuído para a redução da demanda.

Desafios na Europa

A Europa, notadamente a França, foi a mais afetada, com uma queda de 23,5% na produção, o que representa a menor colheita desde 1957. Enquanto isso, a Itália, maior produtora mundial, teve um leve aumento, mas ainda ficou abaixo da média dos últimos cinco anos. A Espanha também viu sua produção cair, refletindo a crise que se alastra pelo setor vitivinícola.

Embora os preços das exportações se mantenham relativamente estáveis, a tendência de alta nos preços dos vinhos é evidente, com um aumento médio de 30% em relação a 2019, o que pode afastar ainda mais os consumidores. As incertezas econômicas e as mudanças nas preferências do consumidor continuam a moldar o futuro da indústria do vinho, que enfrenta um momento crítico em sua história.


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