Brasileiro desaparece após embarcar para a Rússia; família está há quase dez dias sem notícias
DM Redação
Publicado em 26 de abril de 2025 às 16:00 | Atualizado há 21 horas
O estudante de medicina brasileiro Ricardo Castro Rocha, de 25 anos, está desaparecido desde o dia 16 de abril, quando embarcou em um voo com destino à Rússia. Quase dez dias após sua partida, familiares afirmam que ainda não houve qualquer contato por parte do jovem.
Ricardo cursa medicina em Ciudad del Este, no Paraguai. O desaparecimento foi registrado oficialmente por seus pais junto à Polícia Civil do Paraná, em Foz do Iguaçu, e também à Polícia Nacional Paraguaia. O caso é investigado em conjunto com o Ministério Público do Paraguai.
De acordo com a Polícia Federal, o estudante viajou sozinho na manhã do dia 16 de abril, partindo do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. Com duas malas despachadas, ele embarcou rumo ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Ainda no mesmo dia, seguiu do Aeroporto de Guarulhos com destino a Moscou, na Rússia, com uma escala prevista em Doha, capital do Catar.
Câmeras de segurança instaladas nas proximidades do prédio onde Ricardo reside, no Paraguai, registraram o momento em que ele colocou as malas em um carro. Segundo a Polícia Federal, a chegada à capital russa estava prevista para o dia 17 de abril. Em nota, a corporação informou: “A Polícia Federal esclarece que tem prestado apoio técnico às autoridades responsáveis pela apuração dos fatos”.
Até o momento, não há confirmação de que o estudante tenha chegado ao destino final. Um amigo que o acompanhou até o aeroporto de Foz do Iguaçu relatou que Ricardo não mencionou que viajaria para a Rússia. Segundo o depoimento, o estudante afirmou apenas que levava presentes para os pais em suas malas.
A família, que reside no estado do Pará, relatou que a última mensagem recebida de Ricardo causou estranhamento. No texto, ele afirmava que os pais só voltariam a vê-lo dentro de cinco anos. Para os familiares, o conteúdo não condiz com a forma usual de comunicação do jovem.
“Não acreditamos que tenha sido enviado voluntariamente, pela forma como foi escrito. Eu vi essa mensagem e falei para mãe e o pai dele que não era o jeito dele escrever. Essa foi a última mensagem”, declarou a advogada Célia Martinez.
As investigações continuam, e autoridades brasileiras e paraguaias trabalham em cooperação para esclarecer o caso.