Projetos propõem incluir nome do Papa Francisco em memorial e hospital de São Paulo

Poucos dias após o falecimento do papa Francisco, parlamentares da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) apresentaram projetos de lei que visam homenagear o pontífice com a inclusão de seu nome em importantes equipamentos públicos e culturais do estado.

O deputado Emídio de Souza (PT) protocolou o Projeto de Lei 379/2025, que propõe a mudança de nome do Memorial da América Latina, localizado na Barra Funda, zona oeste da capital paulista. A ideia é que o memorial passe a se chamar Memorial da América Latina-Papa Francisco.

Em sua justificativa, o deputado destaca que o papa Francisco, o primeiro pontífice originário da América, teve uma trajetória que transcendeu as fronteiras da religião, tornando-se uma “referência mundial de humildade, diálogo interreligioso, defesa da justiça social e combate à exclusão”. Ele ressaltou ainda que, “com uma postura marcada pela simplicidade e pela proximidade com os fiéis, Papa Francisco dedicou seu pontificado à defesa dos mais pobres, dos migrantes, dos marginalizados e do meio ambiente, assumindo posições firmes diante dos desafios contemporâneos da humanidade”.

A proposta de Emídio de Souza também argumenta que, ao dar o nome do papa ao memorial, o Estado de São Paulo estaria reconhecendo “o profundo valor cultural, político e humanista de uma das figuras mais influentes do século 21, cujos princípios se coadunam com os ideais de integração latino-americana, fraternidade entre os povos e valorização da diversidade cultural que inspiraram a criação da própria Fundação Memorial da América Latina”.

Caso a proposta seja aprovada, a fundação responsável pelo memorial deverá adotar a nova denominação em sua comunicação institucional, sinalização interna e externa, materiais de divulgação e plataformas digitais. A mudança de nome deverá ser implementada no prazo de 90 dias após a aprovação da proposta.

Já na terça-feira (22), o deputado Rafa Zimbaldi (Cidadania) apresentou um projeto que propõe a alteração do nome do hospital da cidade de Cruzeiro, no interior de São Paulo, para Hospital Papa Francisco. Em sua justificativa, Zimbaldi fez um resumo da vida e do papado de Francisco, e concluiu solicitando que o projeto fosse acolhido como forma de “eternizar a memória do papa Francisco na justa homenagem de denominar o próprio público”.

Para que ambos os projetos sejam aprovados, eles precisam passar por uma análise nas comissões da Alesp, que verificam a constitucionalidade e outros aspectos. Depois, as propostas serão levadas ao plenário, onde devem ser aprovadas pela maioria dos deputados. Caso os projetos sejam sancionados, seguem para a assinatura do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Caso sejam vetados, as propostas retornam à Alesp, que poderá acatar ou derrubar o veto.