Organização criminosa que se passava por agência de modelos é desarticulada
Luanna Marques
Publicado em 14 de março de 2024 às 17:26 | Atualizado há 4 meses
Uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desarticulou nesta quinta-feira, 14, uma organização criminosa que prometia a mulheres uma carreira de modelo e cachês altos com o objetivo de convecer as vítimas a enviarem vídeos íntimos e fotos nuas.
Foto: Divulgação/Polícia Civil
As investigações a respeito do caso duraram quase dois anos. O grupo selecionava as vítimas pela internet. O perfil era de mulheres jovens, entre 18 e 30 anos, e ativas nas redes sociais. Foram identificadas vítimas nos estados de Goiás, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e em Brasília.
O golpe
- Por meio de uma conta falsa, um dos criminosos entrava em contato com a vítima no Instagram, dizendo que possuía uma agência de modelos e que estava em busca de novos perfis. Para conquistar a confiança das vítimas, o autor enviava uma cópia de documentos e imagens do extrato de contas bancárias com milhões na conta.
- Em outro perfil fake, que seria da representante da agência de modelos, a vítima era informada que um cliente teria se interessado por ela. No entanto, o pagamento só seria efetuado se ela “realizassem seus desejos” em uma chamada de vídeo.
- Dias depois, as mulheres eram chamadas por outro perfil falso, e recebiam os vídeos das chamadas que tinham sido gravadas.
- As mulheres entravam em contato com o perfil que era da proprietária da agência para resolver o problema, mas eram informadas que a empresa havia sido assaltada e que os aparelhos eletrônicos com as fotos e vídeos das modelos da agência teriam sido levados.
- Em seguida, a suposta agenciadora informava que tinha conseguido negociar com o assaltante para que ele não divulgasse os vídeos. Mas, para isso, as vítimas teriam que pagar uma quantia em dinheiro.
- Assim as vítimas eram extorquidas sob a ameaça de divulgação dos seus vídeos e fotos íntimas nas redes sociais. Com medo, as mulheres realizavam os pagamentos para contas laranjas fornecidas pela organização criminosa.
A Polícia Civil cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Ceilândia e no Gama, no Distrito Federal; em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco; e no Estado de São Paulo, na capital e na cidade de São José do Rio Preto.