Cultura

Você sabia do dia do Contador de Histórias?

Gregory Rodrigues

Publicado em 17 de março de 2023 às 15:54 | Atualizado há 2 anos

Dificilmente
você leitor em algum momento da vida, não se pegou ouvindo histórias contadas
por alguém. Aqueles famosos e conhecidos mitos, contos da carochinha, lendas ou
até mesmo histórias reais vivenciadas por mães, avós amigos, professores etc.

No
entanto, você sabia da existência de uma data comemorativa que celebra estes
que são os “Contadores de história”?  O
“Dia do contador de Histórias” teve origem na Suécia e é comemorado
mundialmente desde 1991, no dia 20 de março.

A
prática de contar histórias como forma de preservação e transmissão de cultura
e conhecimento já estava presente muito antes da existência dos meios de
escrita. E até os tempos atuais ainda é o meio encontrado por milhares de
pessoas espalhadas pelo mundo para manter viva alguma tradição, a exemplo das
religiões de matriz africana.

Utilizada
para encantar e preencher a vida do ouvinte de alegria, ser contador de
histórias já foi até mesmo inspiração para filmes, como é o caso do longa,
ganhador do óscar de 1995, com seis troféus: “Forrest Gump – O contador de
Histórias”
estrelado por Tom Hanks.

Para o
sacerdote do Candomblé, Pablo Cândido “Ogum Tumbi”, Pernambuco, além
de ser um modo de manter viva a Ancestralidade presente em sua fé, o ato de
contar histórias é capaz de influenciar na construção do caráter.

“A celebração
de uma data como esta é crucial para se manter viva a ancestralidade, a cultura
e a informação. Eu acredito que o ser humano precisa da educação para se formar
um bom cidadão, e a contação de histórias é ainda uma ferramenta de extrema
importância”

 

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Divulgação


 

Pablo afirmou
ainda que o fato de ouvir as histórias contadas por sua avó sobre o Orixá Ogum,
contribuíram para ser quem é hoje.

“Cresci
ouvindo minha avó contar os Itãs (histórias de vida dos Orixás), em especial
sobre o orixá que me rege, Ogum, e isso despertou em mim a paixão que tenho em
meu coração hoje”

No
entanto a contação de histórias não está presente apenas nas religiões, mas
também na vida de algumas pessoas que fazem dessa prática sua profissão.

Ricardo
França da Silva, Natal-RN, com meio século de existência como gosta de dizer, diz
que o ato de contar histórias, bateu em sua porta quando ainda tinha 14 anos.

“Eu
faço teatro de rua desde os 14 anos. Mas foi no Sesc RN, onde trabalhava, que veio
a feira de livros e fui convidado por nossa grande professora escritora
Salizete Freire (in memória), para participar do PROLER (Programa Nacional de
Incentivo à Leitura)”

 

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Divulgação


 

França
atua para um público variado, que engloba desde crianças de 3 anos de idade,
aos vovôs e vovós. Segundo ele, o contar histórias contagia a todos e tem a
capacidade de ampliar nossa visão de mundo.

“Ela
pode ampliar a visão de mundo do ouvinte, principalmente da criança, promovendo
as relações lúdicas e afetivas entre o narrador – ouvinte e leitor – livro. O
contador de história é aquele que sempre ouve ou lê histórias e a seguir, sente
uma ” vontade louca” de contá-las ou cantá-las.”

Contar
histórias ou ouvir histórias é, acima de tudo, viajar sem sair do lugar!

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