Antes da apuração de todas as urnas - faltava contabilizar os votos de um estado - já estava dada a vitória do partido APC (Congresso de todos os progressistas) na Nigéria, com o candidato Muhammadu Buhari. O atual presidente do país, Goodluck Jonathan do Partido Democrático Popular (PDP), admitiu a derrota por telefone. Foram cerca de 15 mil votos contra cerca de 13 mil votos ao atual presidente.
No primeiro dia de eleição, sábado, pelo menos 20 pessoas foram mortas em um atentado de um grupo armado em um local de votação. As autoridades investigam se o crime foi praticado pelo grupo radical Boko Haram, que se posicionou publicamente contra a eleição. Eles tentam formar um califado no norte da Nigéria e já mataram milhares de pessoas nos últimos anos.
Apesar das turbulências, a eleição foi bem vista internacionalmente e considerada justa. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon disse que tudo ocorreu de forma "amplamente pacífica e organizada". A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Ecowas), bloco regional que monitora a eleição, qualificou o processo eleitoral como "pacífico e confiável".
Nigerianos saíram para comemorar o resultado nas ruas de formas bastante peculiares. Dezenas subiram em carros, um eleitor foi flagrado improvisando um maçarico com uma lata de spray e um cigarro aceso.