Uma pesquisa feita com 40 países concluiu que a maioria das pessoas no mundo tem opinião favorável em relação aos Estados Unidos, ao presidente Barack Obama, à sua economia e à luta contra o Estado Islâmico (EI). Quando o assunto são as técnicas de interrogatório após os atentados de 11 de setembro — vista por muitos como uma tortura —, o governo americano, no entanto, recebeu avaliação negativa. Veja os principais pontos do levantamento feito pela Pew Research Center. Mais de 45 mil pessoas participaram da pesquisa, realizada entre março e maio deste ano.
PRESIDENTE BARACK OBAMA
O presidente Barack Obama tem apoio generalizado no mundo, de 69% das pessoas entrevistadas. Em muitos lugares, sua popularidade está crescendo, exceto em Israel. Neste ano, o líder americano obteve avaliação positiva de apenas 49% dos israelenses, contra 71% no ano passado. Na Índia, o resultado é o oposto, com a popularidade de Obama saltando de 48% para 71%.
Em todos os países pesquisados na União Europeia (UE) e na África sub-saariana, metade ou mais apoia o presidente. Em 29 países, a maioria disse que estava confiante de que Obama tomaria a decisão correta sobre questões internacionais.
GUERRA CONTRA O EI
Enquanto a guerra no Iraque foi amplamente impopular, as ações militares dos EUA contra o Estado Islâmico têm forte apoio da comunidade internacional. Cerca de 62% das pessoas entrevistadas na pesquisa — incluindo de países do Oriente Médio — dizem que respaldam a coalizão liderada pelos EUA de combate aos extremistas em território iraquiano e sírio. Dentro de casa, 80% dos americanos — 88% dos republicanos e 80% dos democratas — são favoráveis à campanha militar.
TORTURAS APÓS 11 DE SETEMBRO
O levantamento aponta ainda que 50% desaprovam técnicas de interrogatório do governo dos EUA contra suspeitos de terrorismo, descritas por muitos como tortura. A maioria das pessoas no Reino Unido, Espanha, Alemanha e França afirma que não há motivos para a prática. Apenas 35% dos entrevistados a consideram justificada.
A pesquisa apresentou resultados curiosos. Enquanto os italianos se mostraram divididos sobre a questão, os poloneses tendiam a acreditar que as técnicas eram justificadas. No Oriente Médio e na Ásia, a prática foi amplamente vista sob uma perspectiva negativa — exceto em Israel, Índia e Filipinas.
A maioria dos americanos legitima a prática. Eles, porém, estão visivelmente divididos em linhas políticas, com os republicanos apoiando, e os democratas se posicionando contra.
EUA X CHINA
Embora a recente recessão global alimentou temores de que os EUA estariam perdendo terreno para a China economicamente, houve um aumento no número de pessoas que pensam que o país ainda está no topo. Dos 40 países pesquisados, 30 deles enxergam os EUA como maior potência econômica do mundo. Contudo, a maioria das pessoas em 27 países acredita que a China irá eventualmente substituir os EUA como superpotência.