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Aloysio Nunes critica ‘ambiguidade do governo’ em viagem de senadores à Venezuela

Diário da Manhã

Publicado em 21 de junho de 2015 às 19:21 | Atualizado há 10 anos

BRASÍLIA — O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), confirmou que, na véspera da viagem, o diplomata Eduardo Sabóia, assessor da Comissão de Relações Exteriores do Senado, recebeu um telegrama da embaixada brasileira na Venezuela informando que o conselheiro José Solla acompanharia a comitiva brasileira, mas destacou que Solla também não seguiu no ônibus em que estavam os senadores.

Segundo Nunes Ferreira, o embaixador do Brasil na Venezuela, Ruy Pereira, lhe informou no aeroporto de Caracas que não acompanharia a comitiva à visita que os senadores pretendiam fazer aos presos políticos daquele país. O tucano, porém, minimizou a atuação do embaixador no episódio e apontou como principal problema a “ambiguidade do governo brasileiro em relação à viagem”.

— O problema não é com o embaixador, mas quem deu ordens para que ele não nos acompanhasse — afirmou.

No entendimento de Nunes Ferreira, há uma ambiguidade do governo em relação à viagem da comitiva de senadores à Venezuela.

— O Ministério da Defesa nos cede um avião da FAB para a missão, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, dá ordens para o embaixador não nos acompanhar — observou.

Para o senador, o Brasil precisa se posicionar em relação ao que ele classifica como falta de democracia no país vizinho.

— Já está na hora de o governo sair do armário em relação à Venezuela e usar o peso que tem para induzir o governo do presidente Nicolás Maduro a negociar com a oposição — declarou.

O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), no entanto, criticou a atuação do embaixador brasileiro e disse que irá convocá-lo, juntamente com o chanceler Mauro Vieira, para dar explicações na Comissão de Relações Exteriores do Senado. A convocação de Mauro Vieira será votada na quinta-feira na Comissão.

— O embaixador foi evasivo e dissimulado. Ele não disponibilizou nem um de seus diplomatas para nos acompanhar. Não que fizéssemos questão da companhia do embaixador. Mas ele poderia ter apresentado opções, por exemplo. Estão querendo correr atrás do prejuízo e justificar o injustificável — afirmou Ferraço. — Se fossem senadores simpatizantes a essa bobagem chamada socialismo do século XXI, não teriam problemas.


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